quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Jongens (Garotos)

Jongens (Garotos), 2014


Sieger (Gijs Blom) é um garoto de 15 anos que descobre o amor nas férias de verão com o seu companheiro de time Marc (Ko Zandvliet). Entre outros problemas em casa, Sieger precisa aprender a lidar com os seus sentimentos e descobrir o que lhe faz feliz.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Capítulo 6 - Seguindo em Frente (Cont.)


No dia seguinte, um domingo, Enzo acordou nove da manhã e, quando desceu para tomar café-da-manhã, encontrou um bilhete na porta da geladeira:


Enzo,
Fomos visitar a sua tia Edwirges e voltaremos somente à noite.
O almoço está pronto. Você precisa apenas esquentar.
Beijos. Mãe.


Enzo se serviu de uma fatia de bolo de chocolate e de um copo de suco de laranja, então subiu para o quarto e passou a manhã surfando na internet e trocando mensagens, concomitantemente, com Guilherme e Pietro pelo celular. Ambos os amigos o perguntavam a todo momento como ele se sentia em relação à iminente visita de Daniel, porém, apesar de ter refletido muito antes de dormir e ter tomado uma decisão, Enzo foi evasivo em suas respostas, pois ele acreditava que aquilo que ele decidira deveria apenas ser dito no momento em que Daniel chegasse.Quando o relógio marcava cinco minutos para as duas da tarde, Enzo sentou no sofá da sala e, agradecido por seus pais terem escolhido aquele dia para visitarem uma tia distante, esperou por Daniel, o qual chegou quase pontualmente no horário marcado.Ao abrir a porta, Enzo surpreendeu Daniel ao puxar o ex-namorado para dentro da casa e o abraçar forte, dizendo:

- Quando algo estiver te incomodando, converse comigo! Quando você tiver dúvidas, converse comigo! Quando você tiver problemas, converse comigo! - Enzo estava evitando olhar nos olhos de Daniel, e continuou, enquanto lágrimas percorriam a sua face - Daniel...eu te amo! Mas eu não vou conseguir passar por nada disso de novo! - nesse momento, Enzo olhou para o rosto de Daniel, que estava com uma expressão de espanto.
- Espera, então...então você quer tentar de novo? - o espanto virou excitação e Daniel cruzou os braços ao redor de Enzo, levantou-o no ar e disse: - É isso Enzo? Você me perdoa? Você ainda me ama?
- Sim! - respondeu Enzo sorrindo e lutando contra as lágrimas - Eu não vou negar que tentei te esquecer, mas o que eu posso fazer se é você que eu amo? Eu não consegui te esquecer nem sequer por um momento! Eu quero seguir em frente, mas tem quer ser com você! Eu quero seguir junto com você para sempre!
- Enzo... - Daniel pôs o rapaz no chão novamente e ajuntou um buquê de flores que estava perto da porta, o qual Enzo não tinha notado devido ao seu ímpeto quando Daniel chegara - Eu tinha vindo aqui para lhe trazer isto e dizer que eu não iria mais interferir na sua vida, mas...mas...nossa, eu nem sei descrever o quanto isso me faz mais feliz! Eu sei que isso é egoísmo da minha parte, porque eu deveria te deixar ser feliz com alguém menos problemático, mas eu não quero! Eu não quero Enzo! Eu te amo tanto! - Daniel puxou Enzo novamente para si e o beijou apaixonadamente.

Enzo simplesmente se entregou ao ritmo de Daniel e os dois caminharam, sem se afastar nenhum segundo, até o sofá da sala. Enzo se deitou no sofá seguido por Daniel, que debruçou-se sobre o amado e disse:

- Enzo, muito obrigado! Não posso te prometer que essa é última vez, porque você sabe que eu simplesmente tendo a me esconder quando as coisas ficam tensas...isso me deixa triste, acredite! Mas...eu posso prometer que vou tentar pensar em você para me ajudar nisso, porque foi a ideia de ter perdido você por causa disso que me deixou em um estado tão triste...eu sei que o meu pai te contou sobre isso...mas também foi a ideia de que você poderia pelo menos me perdoar que me trouxe novamente a vontade de viver!
-Sim, ele me disse que deveria ir ver você, porque estava preocupado com o seu bem-estar!- Bem, ele deveria realmente se preocupar...tem uma coisa que eu não contei a ele...o que eu fui fazer no dia em que você apareceu na minha casa... - disse Daniel, sentando-se no sofá, ao lado de Enzo.
- Do que você está falando Daniel?! - disse Enzo apreensivo.- Eu fui até um local onde o meu pai me levou, onde existe uma cascata...eu pretendia somente me deixar envolver pelas águas e esquecer todas as besteiras que eu fiz...esquecer que eu decepcionei você...
- Você o que?! Por que?!
- Eu sou fraco Enzo! Eu não sei lidar com as pressões da vida como você! - disse Daniel, evitando olhar para Enzo - Olha só você aí - ele virou para o rapaz e continuou: - inteiro e imponente, depois de eu ter te tratado como lixo, quando você somente deve ser tratado como um príncipe, depois da minha ex-namorada ter te exposto na frente de toda a universidade, apesar de toda a sua reserva com esse tipo de situação, depois de ter perdido a sua então melhor amiga! Olha quanta coisa você já passou, por minha causa, e você está perfeito! - Daniel segurou a mão de Enzo e continuou - Eu sou apenas uma sombra da pessoa que você é Enzo! Eu realmente não entendo o porquê de ainda me quereres na tua vida, mas eu aprecio muito isso e realmente quero te fazer feliz! Por isso a possibilidade de ter te ferido de algum modo era excruciante e...bem, eu não queria mais fazer isso contigo...naquele dia eu senti tanto a sua falta que pensei em ir até a sua casa, porém, ao invés disso, eu dirigi até o local onde o meu pai havia me levado e depois tentei me afogar...mas...eu não consegui...eu sou covarde demais - finalizou Daniel com um meio sorriso e lágrimas nos olhos.
- Daniel... - disse Enzo, tocando a face esquerda de Daniel - Nunca mais...em toda a sua vida, ouse pensar que você é pior do que qualquer pessoa! Muito menos tente tirar a sua vida por causa disso! Não importa o quanto essa pessoa seja importante para você! Você ia deixar o seu pai sozinho...ele acabou de perder a sua mãe!
- Eu sei, eu também pensei nisso...eu não sei o que dizer...isso é vergonhoso, mas...- Venha aqui - disse Enzo puxando Daniel para si e o deitando em seu colo - Você é uma pessoa maravilhosa Daniel! Eu já te disse isso milhões de vezes, porque você não acredita nisso?! - Enzo acariciou os cabelos de Daniel - Você é brilhante! É sério, você poderia ser o que quisesse da sua vida a fazer o que quisesse! Não jogue isso fora! - Enzo beijou a bochecha direita de Daniel e disse: - Você até poderia ter quem quisesse tão rápido quanto o piscar dos olhos, porque você é lindo, sensual, charmoso, interessante, inteligente e, acima de tudo, uma pessoa boa e carismática! As pessoas fariam fila para ficar com você!
- Mas é você que eu quero e sempre vou querer! - Daniel levantou-se do colo de Enzo e beijou os lábios do rapaz - Meu melhor amigo! - Daniel se debruçou sobre Enzo no sofá e continuou o beijando - Meu amor.
- Eu estava com saudade dos seus beijos - Enzo respondeu e continuou beijando Daniel, que tirou a camisa - Da sua pele - Enzo também tirou a camisa - Do seu cheiro...da sua voz...
- Enzo... - disse Daniel nos ouvidos do rapaz - Eu tenho certeza de que eu te amo - Daniel levou a mão direita ao botão da calça de Enzo - e quero muito fazer amor com você! Eu não estou bêbado, eu não estou louco, eu não estou carente! Apenas te amo e quero avançar essa etapa junto com você!
- Amor, você tem certeza? - disse Daniel olhando fundo nos olhos de Enzo.- Sim! Absolutamente! Você é a minha pessoa especial lembra?! Eu nunca tive dúvidas disso, mas queria que a minha primeira vez e a "nossa" primeira vez fosse especial...eu queria saber como seria isso e estava nervoso por não ter a mínima ideia, mas, depois de quase te perder, eu não ligo mais para isso. O fato de ser com você já torna tudo especial!
- Então vem aqui comigo! - Enzo segurou as mãos de Daniel e as envolveu ao seu redor, então o conduziu até o seu quarto, no andar de cima.

Enzo conduziu Daniel até o quarto e os dois, calmamente, descobriram a melhor maneira de tornar cada vez melhor a primeira relação sexual de Daniel. Enzo, por ter mais experiência, manejou a situação de modo que Daniel pudesse tirar o mais proveito possível da experiência. De fato, com toda a devida proteção, a experiência foi bastante marcante para ambos. Depois de algumas horas, eles se deitaram lado-a-lado na cama de Enzo e conversaram:

- Amor! - disse Daniel ofegante - eu estou extremamente extasiado! Isso foi...foi incrível!
- Amor - Enzo tocou a face de Daniel e encostou a sua testa na dele - Essa, sem dúvida, foi uma das melhores experiências que eu já tive! Você é incrível! Nossa, você acabou comigo!
- Err... - Daniel corou e deu um meio sorriso - Obrigado! Mas eu não acho que tenha sido tudo isso! Eu nem sabia onde colocar as minhas mãos direito! - Ambos riram.
- No começo todos ficamos nervosos e desajustados, mas você conseguiu se situar bem rapidinho! Você era realmente virgem? - disse Enzo rindo.
- Sim! Eu sabia que era com você que isso precisava acontecer desde que eu era criança!
- Eu te amo Daniel!- Eu também te amo Enzo! - Daniel segurou a mão de Enzo e, olhando em seus olhos disse: - Casa comigo?
- O que?! - Enzo se sentou na cama e encarou Daniel.
- Calma, é apenas figurativamente! - disse Daniel rindo - Eu sei que você nunca aceitaria fazer isso de verdade agora, afinal você tem apenas 20 anos e está na faculdade, assim como eu! - Daniel alisou a face de Enzo e continuou: - Você é responsável demais para isso, mas eu queria que nós fizéssemos um jantar com os nossos pais, no qual eles vão nos entregar um para o outro! Com direito a aliança e tudo! - Daniel finalizou extremamente excitado com a ideia.
- De onde você tirou essa ideia? - disse Enzo ainda quase sem reação.
- Você não gostou? - disse Daniel, sem o sorriso de até poucos segundos no rosto - Desculpa, é uma ideia besta, eu não deveria ter dito nada!
- Não! Não! Eu adorei! - Enzo pulou em cima de Daniel - É só que eu nem sabia o que dizer! Isso é algo tão genuíno! Nossa, você não para mesmo de me surpreender! - o rapaz continuou debruçado sobre Daniel, então continuou: - Eu aceito! Eu aceito me "casar" com você! Vamos fazer isso pra ontem!
- Jura?! Você aceita? Você aceitou! - Daniel abraçou Enzo fortemente e os dois recomeçaram a se beijar, porém isto foi interrompido por um barulho no andar de baixo.
- Amor! São os meus pais! - disse Enzo pulando da cama, pegando as roupas espalhadas pelo quarto e as vestindo - Fica aqui amor! Eles não sabem que reatamos e se te virem antes de eu contar tudo eles vão fazer o maior escândalo! Eu já volto - disse o rapaz ao terminar de colocar a camisa.

Enzo desceu as escadas correndo, cumprimentou os pais, pediu a eles que se sentassem no sofá, então lhes contou sobre a sua decisão de reatar o namoro com Daniel. O rapaz sempre foi muito sincero com os pais, então lhes explicou todos os pensamentos, as opiniões e as dúvidas que vinham passando pela sua mente nos dias anteriores. A partir disso, Maria e Roberto puderam compreender as razões de Enzo para tomar aquela decisão e, apesar de Roberto não ficar totalmente satisfeito com aquilo, eles concordaram em tratar normalmente Daniel. Assim, Enzo convidou Daniel, que a esta altura já estava devidamente vestido, a descer para cumprimentar os seus pais, os quais o trataram, na medida do possível, com toda naturalidade. Antes de ir embora, Daniel disse a eles:

- Seu Roberto e Dona Maria...eu sei que vocês ainda vão levar algum tempo para me aceitar novamente como namorado do Enzo...mas eu...nós gostaríamos de fazer um jantar na próxima sexta feira, no qual o meu pai vai estar possivelmente presente...bem, nesse jantar, eu gostaria de fazer um tipo de cerimônia fictícia na qual eu me unirei ao Enzo com a benção de vocês... - Daniel transpirava de nervosismo - eu...bem, eu não pareço ser, mas sempre fui muito religioso, por causa da minha mãe e meio que gostaria de fazer uma espécie de casamento...independentemente do que está escrito na bíblia sobre homossexualismo, eu acho que Deus gostaria que nós nos uníssemos como um casal! Bem, somos muito jovens para ser "de verdade", mas eu levarei isso tão a sério quanto se fosse!
- Ora, eu não sei o que dizer Daniel - respondeu Maria - Se é uma coisa simbólica, então eu acho que não tem qualquer problema, se é o que vocês querem!
- Bem - iniciou Roberto - Eu só quero dizer que se eu vou entregar o meu filho em qualquer cerimônia para você, eu espero que sejas mais responsável com os sentimentos dele do que fostes durante o namoro!
- Isso é justo Seu Roberto! - disse Daniel resoluto - E eu prometo que vou ser extremamente responsável com os sentimentos dele!
- Então é isso pessoal! - exclamou Enzo - Eu vou levar o Daniel até a porta e já volto.

Enzo realmente foi deixar o rapaz na porta, porém, infelizmente, ele não voltou tão cedo para casa, visto que, enquanto os dois se despediam, encostados na parte de trás do carro de Daniel, um outro veículo perdeu o controle enquanto passava por eles e os atingiu.Ambos foram levados para o hospital naquele dia, porém, por algum milagre, Daniel foi bem menos atingido do que Enzo, o qual precisou ir para a sala de cirurgia e depois ficou dois dias em coma induzido. O prognostico do médico era de, no mínimo, paraplegia, visto que havia um grande inchaço na região das vértebras T6 e T5 na coluna vertebral, porém outras vértebras acima dessas haviam sido atingidas, o que poderia tonar o quadro ainda pior.

Na manhã da quarta-feira, Enzo acordou na UTI e foi informado pelas enfermeiras sobre o acidente, então solicitou ver os familiares e, principalmente, o namorado, o qual foi o primeiro a chegar, visto que estava na enfermaria do hospital e fora autorizado a visitá-lo. Ao chegar perto do leito do namorado, Daniel disse:

- Amor...como você está se sentindo! - Daniel tinha uma expressão cansada e abatida.
- Amor...eu não estou sentido as minhas pernas...é o que eu estou pensando? - respondeu Enzo, com lágrimas irradiando pela sua face.

Daniel apenas mexeu a cabeça em afirmação e se aproximou ainda mais do leito, sentou-se e deitou a cabeça de Enzo em seu peito, o qual continuou chorando sem dizer qualquer outra palavra por vários minutos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

All You Need Is Love – Meine Schwiegertochter ist ein Mann (All You Need Is Love)

All You Need Is Love – Meine Schwiegertochter ist ein Mann (All You Need Is Love), 2009

Katharina (Saskia Vester) recebe uma inesperada carta de seu filho Hans (Andreas Helgi Schmid), na qual ele expressa a sua vontade de casar com Nicki (Manuel Witting) em sua terra natal. Entretanto, Hans não menciona que Nicki é um homem e isso causa uma confusão que vai repercutir em todo o pequeno vilarejo onde Katharina mora.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Do Começo ao Fim (Do Começo ao Fim)

Do Começo ao Fim (Do Começo ao Fim), 2009


Francisco (Lucas Cotrin) e Tomás (Gabriel Kaufmann) são meio-irmãos que, desde pequenos, se tornam grandes amigos e, quando adultos, transformam a amizade em algo mais profundo e polêmico.


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sábado, 9 de agosto de 2014

Capítulo 5 - Revolução: A Homorevolta (Cont.)

Os túneis pareciam um labirinto sem fim, porém, depois de algum tempo correndo, Bernardo conseguiu nos guiar de volta à casa de Maria, que ficou surpresa em nos ver novamente:

- O que vocês estão fazendo aqui rapazes?
- Nós sentimos muito Maria, mas precisaremos usar da sua boa vontade mais uma vez! Precisamos de abrigo, para que possamos planejar o nosso próximo passo!
- Bem...eu realmente não tenho nada a perder! Eu fico feliz de poder ajudar aqueles que uma vez estenderam a mão ao meu filho! Fiquem à vontade!
- Muito obrigado novamente Maria!

O nosso plano inicial era fugir do vilarejo e montarmos outro refúgio, conforme sugerido por Raul, porém, eu senti que precisava de uma atitude mais drástica:

- Eu não sei quantos de vocês vão me apoiar...mas eu quero montar uma frente de resistência aqui neste vilarejo!

- Do que você está falando?! Esse vilarejo está cheio de guardas do Conde Rafael! Nós precisamos fugir!
- Raul, você esteve me treinando há algum tempo e sempre me disse que eu precisava ser uma pessoa mais forte! Bem, essa é a nossa chance! Pense bem, essa é a base mais fraca de Conde Rafael! Como Hugo disse, o fluxo de pessoas aqui é bem menor do que em outros locais, então, se vamos começar uma revolução, que seja aqui!
- Ele tem razão Raul! Eu estou orgulhoso de você Felipe! Esse tipo de raciocínio é digno de um general e eu aprecio muito a sua coragem de querer levar isso a frente! Eu te apoio plenamente e estou ao seu lado nisso!
- Obrigado irmão! Você com certeza também contribuiu muito para que eu desenvolvesse esse senso de batalha! Mas então, o que você acha Raul? Este ainda é o seu grupo de refugiados!
- Bem...posso dizer que também estou orgulhoso de você Felipe! Eu confesso que, quando chegastes ao acampamento, eu te via mais como um empecilho, mas te provastes mais útil que muitos outros e, nesse momento, também te mostrastes bem mais corajoso do que a maioria! Por mim, este grupo se organiza agora e executa uma revolta neste vilarejo contra os guardas de Conde Rafael! Quem está a favor?

Haviam cinquenta e seis pessoas para votar, mas apenas quarenta e quatro delas levantaram as mãos em assentimento. Para aqueles que se omitiram, Raul disse:


- Bem, então é aqui que este grupo se divide! Vocês podem sair a hora que quiserem, porém não poderão voltar a este grupo caso tenhamos sucesso em dominar os guardas deste vilarejo! Eu sinto muito, mas assim como não posso obrigá-los a lutar, também não posso pedir àquelas pessoas que arriscarão as suas vidas para aceitá-los novamente.


Imediatamente, dez pessoas saíram pela porta, murmurando agradecimentos e votos de boa sorte para os que ficaram. Duas outras pessoas acabaram ficando, desculparam-se por hesitar e se comprometeram com a causa.

Assim, o grupo restante permaneceu na casa de Maria, que fez o possível para nos acomodar em sua casa e nos oferecer uma refeição completa. Nós sabíamos que não tínhamos muito tempo, por isso tentamos planejar e implementar o plano de ação o mais rápido possível.
Cerca de uma hora depois, saímos da casa de Maria divididos em três grupos que atacariam diferentes partes do vilarejo de maneira sistemática e simultânea. Eu e Bernardo conduzimos o maior grupo para o centro do vilarejo, Hugo e Raul conduziram outro para a fronteira leste e Tomás e William o último para a fronteira oeste. Nossas armas consistiam em algumas armas de fogo, mas havia uma predominância de espadas e arcos-e-flechas. Eu nunca fui uma pessoa violenta e, a princípio, odiei a ideia de matar pessoas sob a premissa da liberdade, porém, a indignação que eu sentia pelo fato de Conde Rafael matar os homossexuais pelo simples prazer de eliminar algo que ele não aceita ou não entende me motivou a assumir a liderança do maior grupo, que estava marchando em direção à estalagem onde nós achávamos que o meu tio estava.
O meu grupo era o maior porque provavelmente encontraríamos mais pessoas em nosso caminho, o que de fato ocorreu nos nossos primeiros minutos de caminhada pelo vilarejo. Porém, nós conseguimos neutralizar, do modo menos violento possível, muitos dos guardas de Conde Rafael e fomos bem sucedidos em avançar pelas ruas, até que chegamos à estalagem, onde estavam Conde Rafael e um grupo enorme de guardas. O meu tio, assim que nos viu, gritou:

- EU TENHO QUE ADMITIR QUE VOCÊ TEM CORAGEM SOBRINHO! Eu achei que você estivesse a quilômetros de distância daqui, porém tivestes a audácia de vir me enfrentar, mesmo sabendo que não tem a menor chance!

- Olá tio! Se eu fosse você não estaria tão certo disso! Nós viemos decididos a vencer!
- Então vença disso aqui!

A cena foi rápida, porém eu senti como se tudo ocorresse extremamente devagar e eu não pudesse fazer nada, pois os meus pés estavam pesados e lentos. Bernardo me empurrou para o lado e foi atingido por uma bala disparada por Conde Rafael. Eu permaneci deitado, enquanto Conde Rafael fugia para dentro da estalagem, os guardas do meu tio e os meus companheiros começavam um combate e, por fim, o meu marido rolava no chão, provavelmente agonizando de dor.

Depois de me recuperar do choque, eu corri em direção a Bernardo, rezando para que o pior não tivesse acontecido. Por sorte, a bala havia atingido parcialmente o seu ombro, de modo que havia muito sangue e ele gritava de dor, mas pelo menos nenhum órgão havia sido atingido e, felizmente, eu não iria perder o meu grande amor por ter sido estúpido o suficiente para avançar com a guarda baixa em direção a Conde Rafael. Eu definitivamente não me sentia um guerreiro naquele momento, mas, com certeza, eu me sentia alguém inclinado a terminar a minha missão, então rasguei um pedaço da minha roupa e amarrei ao braço de Bernardo para diminuir a perda de sangue, o movi levemente para o colocar em meu colo e acariciei a cabeça dele, dizendo:

- Eu sinto muito! Isso não deveria ter acontecido! Eu fui estúpido e agora você está ferido...desculpa meu amor!

- Felipe, isso não foi nada! Eu sempre vou estar disposto a pular na frente de uma bala por você, por que eu te amo!
- Eu também te amo! Mas não quero que você pule na frente de balas por mim! Imagina se você tivesse morrido! O meu mundo não faz sentido em você!
- Nem o meu sem você! É por isso que eu sempre vou estar disposto a fazer isso por você!

Eu o beijei brevemente e, quando olhei ao redor, eu percebi que os meses de treinamento no acampamento e a refeição que Maria havia nos forneceu para recuperar as forças, capacitou os meus companheiros a dominar a guarda do meu tio. Assim, em poucos minutos, todos os guardas haviam sido neutralizados e o meu grupo demandou novas ordens, ao que eu respondi:


- Conde Rafael entrou na estalagem! Precisamos ir atrás dele! Mas eu preciso que alguém continue cuidando do ferimento de Bernardo!


Duas pessoas que afirmaram ter experiência com ferimentos se ofereceram para cuidar de Bernardo, porém, antes de ir, eu disse a ele:


- Você se importa?

- É claro que não! Vá dar uma lição naquele crápula do seu tio!
- Tudo bem, então eu voltarei o mais rápido possível! Por favor, levem-no com cuidado até a casa de Maria e cuidem dele lá! Voltaremos assim que possível!

Dito isso, eu deixei o meu marido aos cuidados daquelas pessoas e corri em direção à estalagem, onde não encontramos ninguém em qualquer quarto. Quando fomos olhar o porão e vimos os túneis abertos, uma ideia horrível me passou pela cabeça: Conde Rafael não saiu daquela estalagem pelas portas da frente, porque eu estava lá e não o vi fazer isso, então ele poderia ter pego os túneis e agora estava em qualquer parte do vilarejo, inclusive na casa de Maria, para onde eu acabara de mandar o meu marido ferido. Tentando conter ao máximo o pânico e parecer centrado, eu compartilhei as minhas deduções com o meu grupo, então instrui todos a, cuidadosamente, vasculhar as casas do vilarejo e, principalmente, instrui alguns a irem diretamente para a casa de Maria, a fim de reforçar a segurança, caso o meu tio aparecesse lá.

Aparentemente, os poucos guardas que acompanharam o meu tio o abandonaram no meio do caminho, pois encontramos muitos deles separados em várias casas durante a nossa busca pelo vilarejo. Entretanto, o meu tio continuava foragido e eu começava a me preocupar que o pior tivesse acontecido e ele estivesse realmente na casa de Maria e preferiria que ele tivesse fugido ao invés de imaginá-lo perto do meu marido, que estava ferido e de Maria, que parecia tão indefesa.
Quando chegamos à casa de Maria, por alguns momentos, eu não consegui acreditar no que os meus olhos viam. Apesar de saber que Conde Rafael organizava caçadas de "homossexuais", eu não tinha consciência do quão brutal ele poderia ser, até que eu vi o meu tio com uma faca pressionada ao pescoço de Bernardo, que estava sendo usado como um escudo humano, e seis cadáveres no chão, sendo um deles de Maria, a doce senhora que nos acolheu em sua casa e morreu por ter se envolvido em nossa luta.

- Olá sobrinho! Estava procurando por mim?

- O QUE VOCÊ FEZ! POR QUE?
- Por que eu posso! Por que essas pessoas querem defender essa prática antinatural! Elas merecem morrer, assim como você! Mas essas mortes, especificamente, são sua culpa, por ter envolvido estas pessoas nessa sua ideia ridícula de que poderia medir forças comigo! Agora é a vez do seu...com eu posso dizer..."companheiro"!
- Não, por favor...deixe ele em paz! Eu...por favor!
- Você aceitaria ser a minha próxima "presa" se eu deixar o seu namorado em paz?
- Sim! Eu aceito! Eu aceito! Mas deixe ele livre!
- Não Felipe! Eu não quero!
- Cala a boca camponês! Isso aqui é entre a realeza!
- Bernardo...é o único jeito!
- Então vamos logo! Eu não quero mais ficar aqui nesse vilarejo!
- Eu tenho outra condição! Deixe esse lugar livre! Você perdeu o poder sobre ele!
- Você não está em posição de fazer exigências! Eu não vou prometer nada, mas realmente não me interesso por este fim de mundo!

Conde Rafael trocou Bernardo de posição comigo e me usou de escudo enquanto, para minha surpresa, dirigia-se em direção ao porão. Quanto a isso eu indaguei:

- Por que estamos indo para o porão?
- Porque eu não confio nos seus amigos e nem no seu namoradinho, que já posou de herói hoje! Então vamos por estes túneis, o que vai dificultar que eles saibam onde estamos e, eventualmente, impeçam a nossa partida! Caso alguém tente fazer alguma coisa ou nos seguir pelos túneis, eu te mato na mesma hora! Todas estão ouvindo? Acho bom ninguém tentar nada!

Conde Rafael caminhou, comigo a sua frente, até o porão, abriu a porta e me fez entrar primeiro, dizendo, enquanto apontava uma arma para as demais pessoas:

- Desça! Esteja pronto para entrar nos túneis e eu descerei em seguida! Se alguém tentar alguma coisa, eu juro que vou matá-lo!

Eu desci as escadas ouvindo o meu tio murmurar algumas outras coisas para os meus companheiros. Porém, quando cheguei ao chão do porão, eu ouvi um murmúrio e, sem seguida, vi dois corpos rolando pela escada. Um deles era Conde Rafael e o outro era José, um dos meus companheiros, que ainda no chão, depois da queda, disse:

- Corra Felipe! Não existe uma revolução sem você!

Eu prontamente fui até ele e o ajudei a levantar, depois subimos os degraus lentamente. Porém, quando estávamos no topo da escada, houve um disparo que atingiu as costas de José, o qual caiu no chão, enquanto os outros me puxavam para longe da porta do porão. Nós permanecemos afastados da porta algum tempo antes de percebermos que Conde Rafael não viria mais até nós e que poderíamos ajudar José, o qual agonizava no chão durante o tempo em que nos mantivemos esperando pela volta do meu tio. Infelizmente, as pessoas experientes em ferimentos, declararam que não poderiam mais salvar José, então nós apenas o movemos até o sofá, onde ele declarou suas últimas palavras:

- Viva...a...homorevolta! Você...você conseguiu Felipe! Nós ga...ganhamos essa...batalh...

A bala havia perfurado as costas de José na altura dos pulmões, então ele simplesmente sufocou até a morte. Entretanto, as suas palavras em eu leito de morte me inspiraram ainda mais a continuar com a nossa revolução, que começou com o que ele denominou de "homorevolta". José era um senhor cujo filho havia morrido nas caçadas de Conde Rafael, e ele resolveu nos ajudar porque queria evitar que isso se repetisse. Isso me lembrou de Maria, que agora jazia morta no chão, outra pessoa que nos ajudou para evitar que Conde Rafael machucasse os filhos de outras pessoas.
Inspirado pela vida e pela morte destas pessoas eu me dirigi aos meus outros companheiros, dizendo:

- Companheiros! Não vamos deixar as mortes destas pessoas serem em vão! Vamos continuar lutando! Vamos transformar esse vilarejo no nosso primeiro local de resistência contra o Conde Rafael, como havíamos idealizado! Como vocês podem ter ouvido, ele é sim meu tio, porém não há ninguém que eu despreze mais do que ele! O meu nome é Felipe, eu sou o príncipe de Heliópolis, o meu pai é o Rei Otávio, que também abomina as práticas do meu tio, e, se vocês me deixarem, eu quero levar vocês à vitória contra a caçada dos homossexuais!

Depois disso, seguiram-se gritos e palmas de incentivo. Além disso, Bernardo me olhava de modo conivente, então eu finalizei:

- Nesse caso, vamos encontrar os nossos outros companheiros e começar a agir neste vilarejo, porque nós temos muito trabalho a fazer! E, acima de tudo, nós temos uma revolução para continuar!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Hold Your Peace (Hold Your Peace)

Hold Your Peace (Hold Your Peace), 2011


Ainden (Chad Ford) foi convidado para ser padrinho do casamento de Max (Tyler Brockington), o seu ex-namorado por quem ele ainda nutre fortes sentimentos. Aiden leva Lance/Brick (Scott Higgins) como seu suposto namorado ao casamento e tenta se desvencilhar dos seus sentimento, porém ele descobre que isso será bem mais difícil do que ele pensava.

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domingo, 3 de agosto de 2014

Long-Term Relationship (Long-Term Relationship)

Long-Term Relationship (Long-Term Relationship), 2006


Glenn (Matthew Montgomery) é um homem cansado de encontros de apenas uma noite, então resolve responder a um anúncio feito por Adam (Windham Beacham) em jornal, no qual ele procura um relacionamento de longa duração. Os dois parecem perfeitos um para o outro, embora tenham algumas divergências, além disso, a "qualidade da relação sexual" põe a prova o relacionamento deles e estimula a capacidade do casal em desenvolver uma relação com outras prioridades.

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