domingo, 13 de julho de 2014

Capítulo 6 - Seguindo em Frente (Cont.)

Os três foram para um restaurante, perto do aeroporto. Depois que Enzo contou toda a história do término de namoro com Daniel, Guilherme teceu o seguinte comentário:

- Nossa! Esse Daniel me surpreendeu heim...pensei que ele fosse meio mosca-morta, mas ele se revelou bem esperto!
- Esperto! - Replicou Enzo boquiaberto.
- Sim, veja só: ele pegou o rapaz mais gato da universidade e depois voltou para a namorada! Típico bissexual inseguro! - Enfatizou guilherme.
- Gui! Isso me fez sofrer muito e você fica fazendo graça! - respondeu Enzo rindo - Não tem como falar sério com você mesmo!
- Você me conhece! Para que chorar se você pode rir disso! Mas e aí, agora que você está disponível, quando nós podemos sair?
- Ah Gui, eu não estou em clima de encontros! Mas seria muito legal sairmos como amigos, você sabe que eu adoro a sua presença!
- Obviamente! - respondeu Guilherme - Bem, isso é melhor do que nada! O seu telefone ainda é o mesmo?
- Sim, e o seu?
- Ainda é o mesmo! Agora, mudando de assunto - disse Guilherme se virando para Pietro, que se mantivera calado durante toda a conversa - E quanto à você Pietro, tem namorado?
- Ah...não! - Respondeu Pietro desconfortável.
- Gui, eu não acredito que você acabou de dar em cima do Pietro dois segundos depois de me pedir pra sair contigo!
- Qual o problema! A fila anda!
- Gui, você é impossível! - exclamou Enzo rindo.
- Mas sim, continuando, por que você está solteiro? Você não é feio! Está de coração partido igual ao nosso amigo aqui? Ou é outra coisa?
- Ah...bem, é uma história meio pessoal!
- Eu não me importo de ouvir! Além disso qualquer amigo do Enzo é meu amigo também! Então pode confiar em mim! - Disse Pietro decidido.
- Tudo bem Gui! - respondeu Enzo e, virando-se para Pietro, continuou: - Pietro conta logo, porque este aqui, quando quer saber de uma coisa, não desiste fácil e, apesar de um pouco desajustado, é realmente uma pessoa bastante confiável!
- Err...bem - iniciou Pietro um pouco tenso - Na verdade, eu me decidi sobre a minha orientação há pouco tempo e ainda não tive a oportunidade de me relacionar com nenhum rapaz!
- O que! - exclamou Guilherme em um tom um pouco alto - Enzo, como é que você deixa um pedaço de mal caminho desse sem uma companhia, que espécie de amigo é você?
- Gui, eu estava namorando e conheci o Pietro em uma época meio conturbada da minha vida, então ainda não pude fazer esses "favores" a ele! - respondeu Enzo na defensiva - Além disso, ele pode muito bem se arranjar sem a minha ajuda, porque gente querendo ficar com ele realmente não deve faltar!
- Err...eu não estava procurando ninguém para ficar também! - respondeu Pietro hesitante.
- Você quer se envolver sério logo de cara assim?! - disse Guilherme - Não! Inaceitável! Quer sair comigo para uma balada hoje?
- Ah, pode ser - respondeu Pietro mais decidido - Você anima Enzo?
- Não Pietro...ainda não estou muito no clima de baladas, principalmente com o Guilherme!
- O que tem de diferente em uma balada comigo?
- Somente o fato de que você quer dançar a noite inteira e parece nunca cansar já é motivo suficiente! - disse Enzo rindo.
- Isso é verdade! - confirmou Guilherme em tom orgulhoso - E você já foi mais animado né? Esse teu ex te estragou, porque se fosse comigo você ia ser uma pessoa mais enérgica!
- Sim Gui, eu não sou mais tão animado mesmo! Mas fico feliz de ver que você ainda tem toda aquela energia!
- Que você conhece muito bem, certo?! - respondeu Guilherme com um sorriso malicioso.
- Gui! Por favor! - disse Enzo corado.
- Desculpe! Mas é que eu tenho ótimas lembranças da gente!
- Tá, tudo bem! Mas as mantenha para si mesmo, certo! O Pietro não precisa saber delas! - respondeu Enzo - Mas Pietro, pode ir com o Guilherme, tranquilo tá? Ele é realmente uma das pessoas mais legais que eu já conheci e, além de transbordar sensualidade e ser um dançarino incansável, sempre teve muito respeito com os limites.
- Mas a gente ficou de sair hoje...
- Ah, não tem problema! Eu vou para casa matar a saudade dos meus pais, sei lá, ler um livro, ver um filme! - respondeu Enzo - Além disso, estar comigo tem sido um pouco monótono, eu sei, então você deve estar precisando de uma balada!
- Que isso Enzo! Claro que não! Eu gostei muito da nossa viagem!
- Tudo bem, mas, acredite em mim, uma balada com o Guilherme vai ser muito bom! Só não vou porque não estou no clima, mas quem sabe outro dia!
- Então tudo bem - respondeu Pietro - Para onde vamos Guilherme?
- Pode me chamar só de Gui! - disse Guilherme - O meu pai vem me buscar, eu posso pedir para ele deixar você na sua casa Enzo e a gente pode passar na sua casa Pieto, então você pega uma roupa legal e pode se arrumar lá em casa, o que acha?
- Por mim tudo bem! - Respondeu Pietro animado.

Trinta minutos depois, o pai de Guilherme deixou Enzo em casa. Depois de ser calorosamente bem recebido pelos pais, que estavam com muito saudade do rapaz, Enzo foi para o quarto e deitou em sua cama, que estava, como de costume, arrumada e com o cheiro agradável do amaciante de roupas que a sua mãe usava desde sempre. Enquanto estava deitado, ele refletiu sobre o quanto a sua amizade com Pietro tinha se fortalecido nas últimas semanas e, posteriormente, sobre o que Guilherme havia dito no restaurante: ele havia mudado bastante desde que namorara Guilherme e, principalmente, depois de ter conhecido Daniel. Esse último pensamento lhe trouxe as lembranças boas da relação com o rapaz, as quais, ultimamente, estavam sendo mais dolorosas do que aquelas em que Daniel havia dito coisas absurdas para ele. Estes pensamentos foram interrompidos pelo toque do celular de Enzo, que ficou surpreso quando a voz do outro lado da linha disse:

- Enzo?...Ouça, aqui é Pedro, o pai do Daniel...
- Ah... - respondeu Enzo confuso, principalmente depois de lembrar das cenas no hospital, em que Pedro evidenciava a sua desaprovação com a presença de Enzo no local - Oi, por de falar Seu Pedro...
- Bem...eu vou ser direto Enzo, eu estou ligando porque  eu estou muito preocupado com o Daniel e você foi a única pessoa que me veio à cabeça para ajudá-lo!
- Ajudar? Como assim, Seu Pedro? Aconteceu alguma coisa com o Daniel? - perguntou Enzo alarmado.
- Não, não...quero dizer, sim, mas não é nada que envolva risco de vida, pelo menos por enquanto!
- Seu Pedro, eu não estou entendendo! O Senhor está me deixando preocupado!
- Escute, eu acho melhor lhe explicar pessoalmente, podes vir aqui em casa agora?
- Seu Pedro, eu acabei de chegar de viagem agora e, se realmente não houve nada grave, eu preferiria fazer isso amanhã.
- Ah, tudo bem! Eu entendo, então eu passo na sua casa para te buscar amanhã, por volta de dez horas, pode ser?
- Err...sim, pode ser!
- Então tudo bem, amanhã eu passo na sua casa. Desculpe-me o incômodo.

Depois daquela ligação, Enzo não conseguia parar de pensar sobre o que poderia estar acontecendo com Daniel a ponto de levar Pedro a ligar para ele. Envolto por esses pensamento, Enzo adormeceu e foi acordado no dia seguinte por Guilherme, que sussurrava em seu ouvido:

- Bom dia Príncipe!
- Gui! - respondeu Enzo em um murmurio, um pouco sobressaltado - O que você está fazendo aqui?
- Bom dia para você também! - respondeu Guilherme em tom irônico.
- Desculpe! Mas é que você me assustou! Bom dia!
- Não adianta, eu não aceito mais o seu cumprimento, porque não é do fundo do coração!
- Cala a boca! - disse Enzo rindo e puxando Guilherme - Vem cá! Me dá um abraço, que eu to precisando!
- Eu não! Só se eu puder deitar aí com você!
- Tudo bem, mas eu tenho duas condições - disse Enzo - Primeira, tira esses sapatos e, segunda, você vai ter que se comportar!
- Diga-me uma vez na minha vida quando eu não me comportei! - disse Guilherme tirando os sapatos.
- Eu quero que você cite uma vez quando você se comportou, essa é a verdadeira questão! - replicou Enzo.
- Você está certo! - respondeu Guilherme rindo e sentando na beira da cama de Enzo. Depois, puxando a cabeça do rapaz para apoiar em seu colo, continuou: - Agora me diga, o que está deixando esse coraçãozinho aflito?
- Nossa, eu nem sei por onde começar...
- Comece pelo começo, eu tenho o dia todo!
- Você é um bom amigo Gui! - disse Enzo olhando para Guilherme, que enrubesceu.
- Bem, eu espero que seja melhor do que como namorado!
- Você não foi um namorado ruim!
- Mas também não fui tão bom...por isso preferi ir mesmo embora, você precisava de alguém melhor.
- Nossa, eu nunca vi você falando tão sério em toda a minha vida!
- Por isso que eu não falo! - disse Guilherme rindo.
- Estou brincando! Olha, você teve suas falhas claro ou, do contrário, provavelmente estaríamos juntos, mas você foi ótimo como namorado e eu não tenho absolutamente qualquer mágoa de você! Além disso, eu não encontrei alguém tão melhor.
- Não seja bobo, eu nunca vi os seus olhos brilharem tanto quanto no dia em que você me disse que estava namorando com ele! Eu posso até não ter muita experiência com isso, mas definitivamente sei quando alguém está amando!
- Enfim - respondeu Enzo - Vamos mudar de assunto, antes que eu comece a chorar, o que eu te garanto que não me deixa nenhum pouco sexy!
- Você é sexy em todos os momentos da sua vida! - respondeu Guilherme rindo - Por isso que eu me apaixonei por você!
- Nossa Gui! - disse Enzo também rindo - Você é um raio de luz para o meu baixo-astral!
- Que bom! Quem sabe eu possa voltar a ser o raio de luz da sua vida também! - disse Guilherme olhando bem no fundo dos olhos de Enzo, que desviou o olhar e se levanto do colo do rapaz.
- Desculpa Gui, mas eu não tô pronto para isso! - disse Enzo, sentando na cama, de costas para Guilherme.
- Relaxa - disse o rapaz enquanto puxava Enzo novamente para o seu colo - Eu não disse agora! Eu quero dizer qualquer dia que você esteja se sentindo inclinado a isso! Olha Enzo, de verdade, você foi o meu melhor namorado e eu tenho um carinho muito grande por você! Eu amo ser um dos seus amigos, mas também adoraria ser mais do que isso! Mas, independente de qualquer coisa, saiba que pode contar comigo para o que você quiser!
- Nossa, nem sei o que dizer...Hoje é a segunda vez que você fala algo sério comigo!
- Ah, cala a boca Enzo! Vem aqui! - disse Guilherme enquanto puxava Enzo para si e lhe dava um abraço bem apertado.

Nesse instante, a mãe de Enzo entra e, ao ver a cena, exclama:

- Err...eu peço desculpas, eu não sabia... - Maria estava corada.
- Calma mãe! - disse Enzo rindo - É só um abraço!
- Vocês dois estão...namorando de novo?
- Bem que eu queria Dona Maria, mas o seu filho não me dá uma chance! - respondeu Guilherme em tom brincalhão.
- Ah, mas este meu filho realmente é muito esnobe desde criança! - respondeu Maria no mesmo tom.
- Ei! Vocês dois combinaram de me importunar hoje! E a resposta é não mãe, não está rolando nada entre nós além de uma saudável amizade!
- Ah, que pena! Eu gosto tanto do Guilherme! - disse Maria - Mas, mudando de assunto, meu filho, eu vim te avisar que o pai do Daniel está aí embaixo.
- Meu deus, eu tinha esquecido! Eu fiquei de conversar com ele hoje!
- Conversar sobre o que meu filho?
- Sim, sobre o que? - Ratificou Guilherme.
- Ah, eu não sei, ele ficou de me dizer hoje.
- Bem, meu filho, então se apresse e desça logo para falar com ele, enquanto isso eu vou fazer sala! - disse Maria caminhando até a porta do quarto.
- Tudo bem, muito obrigado mãe! - disse Enzo quando a mãe já estava no vão da porta, então virou para Guilherme e disse: - Você acredita nisso? O pai dele é a última pessoa que eu esperava querer falar comigo.
- O que será que ele quer? - respondeu Guilherme curioso.
- Não sei, mas eu estou um pouco apreensivo! De qualquer modo, eu vou ter que ir, já que eu me comprometi! Você me perdoa por ter que sair?
- Claro! Nada que um beijo seu não resolva!
- Gui! Você é simplesmente inacreditável! A sua chegada é uma das melhores coisas que poderia ter acontecido comigo nesse momento! - Enzo beijou a bochecha de Guilherme.
- Nossa, fiquei todo arrepiado com esse beijo - disse Guilherme apontando para o braço - Imagina se fosse na boca!
- Não vai rolar - disse Enzo rindo - Agora eu vou tomar banho, tudo bem?
- Quer companhia?
- NÃO! - gritou Enzo e depois, rindo, continuou: - Se quiser pode esperar aqui no quarto.
- Fazer o que né? Um dia você deixa!
- Vá sonhando! Aqui está fechado para balanço!

Enzo tomou banho, se arrumou - com Guiherme fazendo repetidas investidas -, e depois desceu para falar com Pedro. Quando chegou à sala, disse:

- Oi Seu Pedro, eu peço desculpas pelo atraso!
- Não se preocupe, eu não estou com pressa! Mas, agora podemos ir?
- Sim - Enzo respondeu e se dirigiu a Maria: -  Mãe, o Guilherme vai ficar por aqui até eu voltar, tudo bem?
- Claro meu filho! Você vem para o almoço?
- Provavelmente!

Depois que saíram da casa de Enzo, não houve muita conversa entre Pedro e o rapaz no caminho para a casa de Daniel, que, segundo o pai, não estava em casa aquela hora. Quando chegaram, Pedro pediu para Enzo sentar no sofá da sala e, prontamente, iniciou a conversa:

- Bem Enzo, eu vou ser direto! Eu sei tudo sobre o seu envolvimento com o Daniel, só para deixar isso claro, e justamente por isso que eu acho que você poderia ser a pessoa ideal para ajudar o meu filho! Veja bem, ele tem estado muito depressivo nestes últimos dias e, na verdade ele já melhorou um pouco depois de uma conversa que tivemos, mas ele ainda está mal e eu tenho certeza que é por causa do fim do namoro de vocês!Então eu queria te pedir para conversar com ele, podes fazer isso?
- Nossa Seu Pedro... - disse Enzo um pouco atordoado - É muito informação. Primeiro, como foi que o senhor soube? Ele lhe contou isso? Segundo, o que o senhor quer que eu converse com ele?
- Não, ele não me disse nada. Eu descobri de outro jeito, mas é uma história muito longa, que não vem ao caso agora. Quanto à conversa, eu não sei, talvez apenas a sua presença já lhe dê alguma motivação para sair dessa maré de tristeza em que ele está!
- Eu não sei Seu Pedro...Eu não sei o quanto ele lhe contou, mas o nosso relacionamento não terminou da melhor forma e eu queria me afastar dele, sinceramente.
- Mas repense isso, por favor! Eu estou lhe pedindo como um pai desesperado, pois eu tenho medo do que o Daniel possa fazer consigo mesmo se continuar nesse quadro depressivo!
- Mas o senhor não tem ideia das coisas que ele me disse ou o que ele me fez passar! Não é algo que se esqueça tão fácil! - disse Enzo indignado.
- Eu não sei mesmo - respondeu Pedro - Mas eu sei de algo que você não sabe e que explica tudo isso: O Daniel estava com uma espécie de culpa que o fez fazer tudo isso! Veja bem, a mãe dele e eu somos religiosos e, de um ponto de vista estrito, o homossexualismo é um pecado e é condenável, portanto o Daniel achou que a mãe dele jamais aprovaria esse relacionamento e que ele a estava decepcionando! A morte da mãe dele foi um choque muito grande para ele! E, para tentar contornar essa dor, ele se apegou a esse pensamento de que namorar a aquela moça, que eu não lembro o nome, seria mais aceitável para a mãe dele do que você!
- Nossa! - disse Enzo confuso - Eu não sabia disso...mas...mas por que ele não me falou nada?
- Bem, eu não sei...ele achou que fosse melhor terminar com você eu acho...
- Mas se ele acha isso e se está com a cabeça tão confusa sobre a sexualidade, como eu poderia ajudá-lo?
- O Daniel terminou com aquela moça há algum tempo e eu já expliquei a ele que, antes de morrer, a minha esposa me disse que também conhecia o segredo de vocês e nunca foi contra isso!
- Um momento, o Daniel terminou com  Frida? - disse Enzo sobressaltado.
- Sim...ainda não me sinto confortável com isso, mas o meu filho de fato te ama e não conseguiu, nem com todo o esforço, permanecer com ela!
- Eu também não sabia disso! Bem, mas isso ainda não muda o que ele fez...embora eu meio que entenda os seus motivos!
- Nada vai mudar o que ele fez, mas...por favor, passe uma borracha nisso e tente perdoá-lo!
- Mas, por que o senhor contou essa história só agora para ele?
- Eu também peço que me perdoe, mas eu estava de luto pela morte da minha esposa e não consegui dar o suporte que Daniel precisava, então simplesmente nunca entrei nesse assunto com ele até agora. Eu não me envergonho de dizer que tentei guardar esse segredo e pensar que Daniel simplesmente voltaria a ser hétero, porque a ideia de ter um filho gay me deixava desconfortável, mas, com o tempo, refletindo sobre o que a minha mulher me disse no hospital e vendo o Daniel definhar a cada dia por algo que eu poderia ter evitado, me fez perceber que eu me importo mais se o meu filho está vivo ou não ao invés de se ele gosta de homens ou mulheres.
- Isso é muito bom Seu Pedro! O Daniel precisa, mais do que nunca do seu apoio!
- Mas então, você vai conversar com ele?
- Eu posso tentar Seu Pedro...eu também acabei de perceber que me importo mais com o bem do seu filho nesse momento do que com o que ele me disse ou fez no passado!
- Que bom Enzo! Eu sabia que você era uma ótima pessoa! Me desculpe por todo o problema que eu causei e pelo modo como eu te tratei! Você se revelou uma pessoa bem superior a mim, porque nem titubeou em aceitar o meu convite para conversar, mesmo depois de eu ter te tratado tão mal no hospital.
- Que isso Seu Pedro, isso não tem a menor importância! Eu sei que o senhor estava apreensivo com o estado da sua esposa!
- De qualquer modo, muito obrigado! - disse Pedro, levantando-se e dando um abraço em Enzo.
- Bem, agora eu acho que preciso voltar para casa. Minha mãe e meu amigo estão me esperando para o almoço!
- Ah, claro! Eu vou te levar até a porta!

Enzo acompanhou Pedro em direção à porta, que, repentinamente, se abriu antes deles a alcançarem. Para surpresa do rapaz, Daniel tinha acabado de chegar em casa, o qual, ao vê-lo, disse:

- Enzo...O que você está fazendo aqui?

3 comentários:

  1. Não vale. Isso é injusto, não sou nenhum pouco curioso com nada, mas neste caso você me fez abrir uma exceção... Ta incrível a história e estou completamente ansioso para saber a continuação... Você é monstruosamente um ótimo escritor

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  2. Nossa, to sem palavras, ta muito emocionante, continua.

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