quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Bromance: My Brother's Romance (Bromance: My Brother's Romance)

Bromance: My Brother's Romance (Bromance: My Brother's Romance), 2013


Golf (Theerapat Lohanunth) e Bank (Pongsathorn Siripinta) são dois jovens estudantes do ensino médio que se tornam meio-irmãos pela união dos seus pais. Golf, cujo comportamento é agressivo, leva algum tempo para se acostumar com a ideia, porém, a resignação e a doçura de Bank o levam a aceitá-lo e os dois passam a desenvolver uma relação cada vez mais intima.

 

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Capítulo 7 - (Re) aprendendo a Viver

Desde o acidente, não houve um dia em que Daniel não estivesse ao lado de Enzo, o qual teve algumas complicações em seu quadro clínico que o mantiveram no hospital por cerca de dois meses. Porém, depois de uma longa espera, o rapaz finalmente tinha recebido alta hospitalar e voltaria para casa, o que o deixara muito feliz. 

Apesar da dificuldade para aceitar a paraplegia, Enzo se manteve bastante positivo em relação ao prognóstico do seu quadro clínico. Daniel também o ajudara bastante nesse sentido. Entretanto, a equipe de reabilitação do hospital foi um componente essencial para mantê-lo otimista. 

Durante os dois meses em que ficou no Hospital das Clínicas de São Patrício, Enzo foi atendido por uma equipe multiprofissional composta por médicos (generalistas e neurologistas), fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, entre outros profissionais que eventualmente atuavam na instituição. Dentre estes, o rapaz ficou especialmente amigo de Yuri, um terapeuta ocupacional que o atendia quase diariamente e o fazia sentir cada dia mais confiante em sua recuperação. No dia em que Enzo saiu do hospital, Yuri realizou as orientações necessárias quanto ao quadro clínico e acrescentou, dirigindo-se a Daniel: 


- Rapaz, eu tenho certeza que o Enzo vai conseguir recuperar os movimentos das pernas gradualmente, mas o seu apoio tem sido essencial, então continue ao lado dele, haja o que houver!


- É claro Yuri! - respondeu Daniel - Eu sempre vou estar ao lado dele! 
- Isso é muito bom! Vocês formam um belo casal! - acrescentou Yuri - Quanto a você Enzo, não esqueça do que eu disse: você vai conseguir recuperar os movimentos gradualmente, mas esse pode ser um processo demorado e trabalhoso, então faça da sua cadeira de rodas a sua melhor amiga por enquanto! Eu acho que consegui treinar suficientemente o uso com você, então isso provavelmente não vai ser um problema! 
- Muito obrigado Yuri! - disse Enzo estendendo os braços a Yuri, que retribuiu o abraço do rapaz - você foi muito importante nesse momento tão difícil para mim! 
- Eu só estava fazendo o meu trabalho Enzo! Mas eu aprecio que tenhas gostado do nosso tempo juntos aqui no hospital, pois são essas respostas positivas dos meus pacientes que me fazem amar o que eu faço! 
- Essa é uma profissão muito linda mesmo Yuri! - disse Enzo e depois acrescentou: - Eu confesso que nunca tinha ouvido falar dela, mas eu me senti muito bem participando de um programa terapêutico em que um terapeuta ocupacional estava incluído! 
- Isso é ótimo, pois a clínica de reabilitação da UFTU, para onde nós encaminhamos você para continuar o processo de reabilitação, tem um ótimo programa de tratamento com vários terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas! Essa instituição tem tradição no atendimento a pacientes de reabilitação física e o programa é sempre bastante elogiado, então, provavelmente, você vai gostar de lá! - disse Yuri, entusiasmado - Bem, agora eu preciso terminar os meus atendimentos neste setor, então, como eu disse, não desista do tratamento e eu desejo o melhor para você Enzo! Para você também Daniel! 


Assim, Yuri deixou o quarto e continuou o seu trabalho pelo hospital. Logo em seguida, Daniel se dirigiu a Enzo:

- Você ouviu? Nós formamos um belo casal!
- É claro que eu sei disso! - respondeu Enzo em tom brincalhão - Você é lindo por nós dois! 
- Não é verdade! - disse Daniel enquanto acariciava o cabelo de Enzo - Você é extremamente lindo! 
- Tudo bem, vamos fingir que isso é verdade - disse Enzo rindo - Mas, mudando de assunto, você não acha que os meus pais estão demorando? 
- Ah Enzo, eles devem estar ocupados com os preparativos da sua volta para casa! Afinal, eles tiveram que fazer algumas mudanças para poder facilitar o seu cotidiano lá, conforme Yuri orientou que eles fizessem. 
- Eu sei...Eles tiveram que mudar toda a dinâmica da casa porque eu não posso andar... 
- Não começa amor! Eles não estão reclamando de nada, além disso, Yuri disse que isso seria facílimo de executar! - disse Daniel segurando a mão de Enzo - Lembra do que nós conversamos? Mesmo se você não recuperar o movimento, o que todos estão fortemente crentes de que vai ocorrer, a sua vida vai sofrer algumas mudanças, com as quais você está preparado para lidar. 
- Eu sei amor...desculpa, eu só ainda estou um pouco chateado por essa limitação! 
- Eu posso imaginar amor, mas com os ajustes certos, você sentirá pouca dificuldade em se adaptar a essa "nova vida", digamos assim! Olhe pelo lado bom, você está indo para casa! 
- Sim! Isso é muito bom amor! Obrigado por me lembrar disso! Você sempre sabe como me animar! 

Por volta de dez horas da manhã, o pai de Enzo chegou para levá-lo para casa. Quando chegaram ao local, o rapaz foi surpreendido por várias pessoas que o esperavam para lhe felicitar pela saída do hospital e fazer bons votos em relação à sua recuperação. Após várias pessoas abraçarem e falarem com Enzo, Guilherme se aproximou para falar com o rapaz:

- Ei sexy! Você está de volta! - disse ele ao abraçar o rapaz - E continua tão lindo quanto sempre foi!
- Oi Gui - disse Enzo rindo - Você não consegue deixar de ser sedutor nem com a presença do meu namorado, não é mesmo?
- Desculpe Daniel, mas isso faz parte de mim! - respondeu Guilherme.
- Não tem problema Guilherme! - respondeu Daniel - Desde que você mantenha as suas mãos longe do meu namorado!
- Pode ficar tranquilo cara! - disse Guilherme repousando a mão esquerda no ombro de Daniel e a direita no de Enzo - Eu sei que ele não quer nada comigo, e...bem, vocês são um bonito casal!
- Com certeza! - disse Pietro, que acabara de chegar - Desculpe o atraso Enzo, eu não consegui ser liberado da aula mais cedo, como eu tinha planejado.
- Oi Pietro - disse Enzo, estendo o braço para abraçar o amigo, que retribuiu o gesto - O importante é que você veio!
- Eu não ia perder esse momento tão importante para você! Eu estou feliz por poderes voltar ao seu lar!
Daniel confessou a Enzo que ele planejara a pequena recepção no dia anterior com a ajuda dos pais do rapaz, Pietro e Guilherme. Os três rapazes passaram a conviver bastante durante os meses em que Enzo estava no hospital, visto que Daniel sempre estava lá quando Pietro e Guilherme, individualmente ou mesmo ambos, iam visitar o rapaz. Assim, os quatro criaram uma espécie saudável de vínculo durante esse tempo, mesmo que os três tivessem sido anteriormente adversários na conquista do coração de Enzo. Nesse sentido, Pietro e Guilherme tinham uma surpresa para ele: 

- Enzo... eu e o Guilherme precisamos de contar uma coisa - disse Pietro.
- O que é Pietro? Fala! - disse Enzo apreensivo.
- Calma! Não é nada de grave! - respondeu Guilherme - É que eu e o Pietro estamos saindo sabe... como você é o nosso melhor amigo, achei que gostarias de saber!
- É claro que eu queria saber! - respondeu o rapaz eufórico - Contem-me tudo! Desde quando? O que rolou?
- Calma - disse Pietro rindo - Estamos apenas no começo, tipo saindo para ver no que vai dar! O Guilherme está me mostrando o "mundo" gay! Como você sabe, eu não sou muito experiente nisso.
- E o Guilherme com certeza é um expert! - respondeu Enzo rindo - Conhece tantas coisas que às vezes eu tenho até medo!
- Ei! - protestou Guilherme - Eu apenas tive muito boas experiências durante a minha vida e adquiri alguns conhecimentos ao longo do caminho!
- Eu sei Gui! Estou apenas brincando! Bem, eu estou bastante feliz que vocês estejam tipo juntos, porque ambos são pessoas muito legais e muito importantes para mim! - disse Enzo - Eu confesso que achei que nada fosse rolar depois daquele dia em que vocês saíram para a balada juntos, mas pelo visto eu me enganei.
- Bem... - disse Guilherme - Digamos que estávamos em "outro momento" naquele dia, então nem nos permitimos tentar nada sério! Mas o tempo que nós passamos com você nos me fez perceber que eu tenho muito em comum com o Pietro e ele é uma pessoa muito agradável para conversar, o que eu adoro, como você sabe!
- Ah... entendi! - disse Enzo - Mas, de qualquer modo, espero que dê tudo certo para vocês!
- Eu também - disse Daniel, que tinha se mantido afastado da conversa.
- Obrigado Daniel! - respondeu Guilherme - Eu também espero que continue dando tudo certo para vocês daqui para frente.

A recepção de Enzo demorou bastante e o rapaz passou boa parte do tempo conversando com Daniel, Pietro e Guilherme. Depois de algum tempo, as pessoas progressivamente se foram, incluindo Pietro e Guilherme, então restaram apenas os pais de Enzo, que depois foram resolver alguns assuntos pessoais, e Daniel, que permaneceu com o rapaz e o ajudou a realizar a transferência da cadeira de rodas para a cama, que estava agora localizada no andar de baixo, como Yuri havia orientado os pais de Enzo, a fim de facilitar a acessibilidade. Os dois permaneceram deitados na cama e, em certo momento, Enzo disse: 

- Daniel...
- Oi amor! O que foi?
- Você acha mesmo que eu vou conseguir voltar a andar? - perguntou Enzo, com um tom de dúvida - Eu sei que as pessoas dizem que sim, mas eu preciso que você seja sincero comigo, o que você acha?
- Amor... eu não entendo absolutamente nada disso, então talvez não seja a pessoa mais indicada para lhe responder isso - respondeu Daniel, com firmeza - Mas, analisando esse tempo que você esteve no hospital e o que o Yuri disse, você teve uma lesão muito grave, o que poderia ter te deixado sequelas ainda mais graves, porém, durante as sessões com o Yuri e com os outros profissionais, você parece ter tido uma melhora considerável! Olha só, você nem sentia nada da cintura para baixo e agora você sente alguma coisa, eu não sei, isso deve significar alguma coisa!
- Sim...
- Mas... se isso não acontecer amor, em uma hipótese bastante pessimista, eu acho que você vai conseguir lidar com isso! Você já passou por muita coisa e eu sei o quão forte você pode ser, então você vai ser capaz de superar isso!
- Amor... - Enzo começou a chorar e Daniel o abraçou - Eu não sei... eu não me sinto mais tão forte! Eu não consigo me ver preso a essa cadeira de rodas e eu estou com medo de não voltar mais a andar.
- Eu entendo o que você está sentindo amor! - respondeu Daniel, acariciando o cabelo de Enzo - Eu imagino que deva ser difícil, mas você deve tentar se manter positivo em qualquer das hipóteses! Se você realmente não voltar a andar, pode contar comigo para qualquer dificuldade que você tenha, assim como com os seus pais e com os seus amigos! Em qualquer dos casos, eu vou permanecer ao seu lado!
- Obrigado amor! Mas eu exatamente não queria me tornar dependente das pessoas para realizar as minhas atividades.
- Você não vai! Lembra o que o Yuri falou? Você pode ser independente, mesmo estando na cadeira de rodas e o tratamento que você vai receber na clínica da UFTU é justamente para lhe ajudar nisso!

Os dois permaneceram conversando até que Enzo caiu no sono nos braços do namorado. Daniel foi bastante eficiente em motivar o rapaz a ser mais positivo em relação ao seu quadro clínico, ainda que Enzo ainda relatasse muita apreensão em relação ao seu futuro.
Na semana seguinte, Enzo teve a sua primeira sessão na Clínica de Reabilitação da UFTU. Naquele dia ele estava agendado para iniciar no Setor de Fisioterapia da instituição, onde ele foi bem recebido pelo profissional responsável pelo seu caso, o qual lhe explicou o seguinte: 

- Como esta é uma instituição-escola, então você será atendido por discentes da universidade que estarão sob a minha supervisão, tudo bem?
- Sim - respondeu Enzo, que já imaginava que isso fosse ocorrer - Eu também estudo aqui, então eu sei que a maioria dos atendimentos é realizado por alunos.
- Isso mesmo! Bem, você será atendido pelo discente Hyago, que está lhe esperando na sala 2 para fazer uma avaliação, para determinar quais as suas demandas. 

Enzo se dirigiu à sala 2 e encontrou quatro estudantes em locais diferentes da sala e, para sua surpresa, entre eles estava Pietro, que estava fazendo alguns exercícios com uma senhora de meia idade e ao vê-lo abriu um sorriso com um tom de surpresa no rosto. Um dos estudantes, o qual ele imaginou ser Hyago, veio em sua direção, apresentou-se e lhe explicou os procedimentos da avaliação, que durou aproximadamente 30 minutos.
Naquela tarde, Pietro foi à casa de Enzo para conversar e encontrou Daniel saindo do local, o qual o cumprimentou: 

- Oi Pietro!
- Oi Daniel, como vai?
- Tudo bem! Já estás de saída?
- Sim - respondeu Daniel - Eu preciso resolver a minha situação na faculdade, pois eu precisei perder muitos dias de aula enquanto estava no hospital com o Enzo!
- Eu imagino, mas vai ficar tudo bem?
- Sim... - Daniel baixou o tom de voz - Bem, não conta para o Enzo, mas na verdade eu não sei, porque a política de faltas da UFTU é muito rígida, eu vou precisar submeter um requerimento de abono de faltas para ser avaliado por uma comissão e eu espero que dê tu do certo, mas o Enzo não precisa saber disso, ou vai ficar triste ou se sentindo culpado, enfim, é melhor poupá-lo!
- Sim, claro! Não se preocupa, eu não vou dizer nada a ele! Eu vim falar com ele, porque hoje nós mal nos falamos enquanto ele estava na clínica.
- Ah sim, ele me disse que te viu lá - disse Daniel animado - Isso parece ter deixado ele contente, porque ele estava bastante relutante em sair de casa hoje, mas quando voltou estava em um humor bem melhor!
- Isso é bom! Ele precisa estar determinado para que o tratamento realmente dê bons resultados!
- Eu sei, e eu acho que o fato de estares lá pode facilitar isso! Bem, talvez pelo fato de ele te conhecer, isso torne as coisas mais fáceis para ele.
- Sim, pode ser isso! Bem, eu não poderei atender ele enquanto estiver lá, e talvez esteja quase sempre ocupado com algum paciente, mas claro que eu sempre vou tentar dar uma força para ele!
- Isso é muito bom! Muito obrigado Pietro, isso vai ser realmente muito importante!
- Que nada! O Enzo é meu amigo, isso é mais do que meu dever!

Desse modo, Daniel partiu em direção à UFTU e Pietro adentrou a casa de Enzo, onde foi recebido pelo rapaz, que estava deitado:

- Oi Pietro! Que bom que você veio!
- Oi amigo! - disse Pietro com um sorriso - Desculpa por não poder te dar atenção hoje, mas eu estava com os meus pacientes!
- Eu sei Pietro, não se preocupe com isso! Eu sou da área da saúde também, lembra? É claro que você deve se concentrar nos seus pacientes enquanto estiver no estágio.
- Eu não achei que fosse te encontrar por lá, mesmo quando você disse que estaria na clínica da UFTU. Eu achei que você fosse ficar no turno da tarde.
- Eu iria, porque no turno da manhã está muito cheio - respondeu Enzo - Porém, um paciente recebeu alta da clínica e eu fui colocado no lugar dele!
- Ah, é verdade, o Seu Rafael, que era atendido pelo Hyago recebeu alta! Bem, que legal que nós vamos continuar nos vendo regularmente! Espero que você não se canse da minha cara! - disse Pietro.
- Nunca! Você é um dos meus melhores amigos e eu vou adorar que você esteja lá para me apoiar! Sabe, eu não estou muito confiante nesse tratamento! - confessou Enzo, com tom de voz triste.
- Não pense assim Enzo! - protestou Pietro - A sua motivação é um elemento essencial para o tratamento e a Fisioterapia tem avançado cada dia mais em tipos de tecnologia para promover reabilitação! Eu tenho certeza que esse tratamento vai dar certo!
- Bem, assim eu espero - respondeu Enzo resignado - Amanhã eu tenho a minha primeira consulta no Setor de Terapia Ocupacional, eu espero que seja tão bom quanto foi no hospital com o Yuri!
- Bem, eu não conheço muito a profissão, mas eu já ouvi comentários bastante positivos em relação ao curso de Terapia Ocupacional da UFTU e sobre o serviço que os estudantes prestam na clínica!
- Isso é bom! Amanhã eu te conto como foi então, aí nós veremos se esses comentários são verídicos!

Pietro e Enzo permaneceram conversando pelo resto da tarde sobre diversos assuntos, incluindo mais detalhes sobre a relação entre o rapaz e Guilherme, que aparentemente estava indo bem e eles estavam se encontrando em uma base regular durante a semana. No início da noite, Pietro foi embora para casa e Enzo se manteve realizando atividades rotineiras, como assistir televisão, ler alguns livros e jantar com os pais.
No dia seguinte, na Clínica de Reabilitação da UFTU, Enzo foi recebido no Setor de Terapia Ocupacional por um discente, que prontamente se apresentou: 

- Bom dia Enzo, meu nome é Lucas e eu vou atendê-lo aqui neste setor. Nós vamos realizar alguns procedimentos para avaliar as suas habilidades e identificar o que nós podemos trabalhar prioritariamente durante as nossas sessões.
- Bom dia Lucas, tudo bem, nós podemos começar logo? - disse Enzo impaciente.
- Claro... 

A avaliação durou aproximadamente 40 minutos, após os quais Enzo estava ainda mais impaciente. Porém, antes de ir embora, Lucas perguntou a ele:

- Desculpa a minha intromissão, mas você não é aquele rapaz que teve várias fotos espalhadas pela UFTU há algum tempo atrás?
- Ah... sim, sou eu! - disse Enzo ainda impaciente - Por que? Vai rir disso também?
- Não, de jeito algum! - respondeu Lucas com firmeza - Eu fui um dos que estava lá te aplaudindo!
- Sério... Bem, obrigado então... - respondeu Enzo incerto - Olha, desculpe se eu estou sendo um pouco rude hoje, mas é que eu realmente sinto um pouco de vergonha por estar nessa cadeira e isso me deixa estressado!
- Enzo, eu posso ser sincero com você?
- Claro!
- Olha, da mesma forma que você não se importou depois que aquelas fotos foram afixadas em toda a universidade, eu acho que você também não deveria se importar com a cadeira, ainda que você se sinta pouco à vontade com ela! Como profissional eu preciso treinar com você a realização das atividades incluindo a possibilidade de você ficar na cadeira de rodas, mas eu posso te garantir que o meu foco também vai ser te "tirar" daí!
- Bem, obrigado!

Enzo saiu da clínica imaginando o porquê de Lucas ser tão simpático com ele, sendo que ele havia se portado de maneira bem irritante durante toda a avaliação. Por mais que, como profissional, Lucas fosse obrigado a tratá-lo bem, ele sentia que o modo como ele se portou no final, fazendo perguntas e votos pessoais, denotava algo a mais do que simplesmente interesse profissional, porém, ele ainda não compreendia o que mais estaria por trás daquele comportamento. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Top 50 - Lista de Filmes (Romance Gay)

1- Shelter (De Repente, Califórnia), 2007


O protagonista Zach (Trevor Wright) vive a descoberta de um romance com o irmão mais velho do seu melhor amigo, Shaun (Brad Rowe),o qual regressa a casa para procurar inspiração para um novo livro. Zach é habituado a uma vida onde omite as suas próprias necessidades em favor de cuidar de sua irmã mais velha, Jeanne (Tina Holmes) e o seu sobrinho, Cody (Jackson Wurth) que o considera um verdadeiro pai. Shaun e Zach acabam por desenvolver uma grande amizade, mas aos poucos começam a se relacionar emocionalmente. Apesar de se sentir atraído por Shaun, Zach vai estar cheio de dúvidas e terá receio de enfrentar a sua verdadeira identidade, a sua família e amigos.

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2- Beautiful Thing (Delicada Atração), 1996


No subúrbio londrino, Jamie Gangel (Glen Berry) e Ste Pearce (Scott Neal) são dois vizinhos e colegas de colégio. Ste mora com o irmão e o pai alcoólatra, que frequentemente o espanca. Jamie mora com a mãe, que sensibilizada com os maus tratos ao vizinho, convida-o para ficar em sua casa, no quarto do filho. Mal sabe ela que daí vai surgir um caso de amor entre os dois garotos, permeado pelos delicados detalhes da descoberta do primeiro amor.

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3- Juste Une Question D'Amour (Apenas Uma Questão de Amor), 2000


Laurent (Cyrille Thouvenin) é um rapaz que mora com a melhor amiga Carole (Caroline Veyt), que finge ser namorada dele em eventos da sua família conservadora. Ele esconde da família a sua orientação sexual, por medo de ser abandonado, como ocorreu com um primo que também era homossexual e morreu de hepatite sem suporte familiar. Durante um estágio, ele conhece Cedric (Stéphan Guérin-Tillié), um cientista de plantas, por quem se apaixona. Porém, Cedric tem um padrão de aceitação familiar quanto à homossexualidade totalmente diferente de Laurent, o que exigirá de ambos a capacidade de lidar com as diferenças nos modos individuais de lidar com essa situação.



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4- Patrik 1,5 (Patrik 1.5), 2008


Göran Skoogh (Gustaf Skarsgård) e Sven Skoogh (Torkel Petersson) são um casal que adota quem eles acreditam ser um bebê de um ano e meio de idade (1.5) chamado Patrick (Tom Ljungman). No entanto, quando o menino chega, ele não é bem o que os dois esperavam. Houve um erro de digitação na idade do garoto e o casal recebe um jovem de 15 anos, homofóbico e com um passado criminoso. Entretanto, o que no início parece ser um conflito insolúvel, aos poucos revela-se uma sensível descoberta da amizade e do amor paterno, entre pessoas totalmente estranhas umas às outras.


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5- Lucky Blue (Lucky Blue), 2007


É um curta com 30 minutos onde somos apresentados a Olle (Tobias Bengtsson) que está organizando um festival anual de música em um pacato vilarejozinho no interior da Suécia. Então chega Kevin (Tom Lofterud), um rapaz, que a principio passa a impressão de ser grosso, fechado e mal humorado. Os dois se aproximam e se tornam amigos devido a um incidente com o pássaro (Lucky Blue) da tia de Kevin que acaba fugindo da gaiola, mas a relação evolui para algo que os deixa confusos e cheios de dúvidas.


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6- Sommersturm (Tempestade de Verão), 2004


Tobi (Robert Stadlober) e Achim (Kostja Ullmann) são dois garotos bastante populares. Amigos desde a infância, acreditam que nada seria capaz de ficar entre sua amizade. Eles estão ansiosos pelas férias de verão, quando vão ao acampamento. Quando um grupo de homossexuais chega ao acampamento direto de Berlim, Tobi fica confuso em relação à sua sexualidade e os sentimentos sobre o melhor amigo. O filme mostra o vendava de emoções que essa dúvida traz à vida de Tobi e como isso se resolve até o final do verão.


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7- Get Real (Saindo do Armário), 1998


Steven (Ben Silverstone) é um adolescente, que gosta de ouvir música e vive no computador. De uma forma bem inesperada ele encontra e acaba se apaixona por Dixon (Brad Gordon), o atleta mais cobiçado pelas garotas da escola. Dixon, aos 16 anos, tem dificuldade em entender e assumir sua sexualidade. Os dois tentam levar adiante o namoro em meio a toda a pressão social do ensino médio, o que decorre em muito fatos interessantes.



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8- I Think I Do (Acho Que Sou), 1997


Há cinco anos, Bob (Alexis Arquette) sente uma forte atração por Brendan (Christian Maelen), seu companheiro de faculdade. Eles eram grandes amigos e moravam na mesma república durante a faculdade, até que, no meio de uma brincadeira, Bob mostrou que estava apaixonado e Brendan fugiu. Anos depois, os dois encontra-se no casamento de uma amiga comum, no qual Brendan descobre que sempre amou Bob, pois não há ninguém melhor para se apaixonar do que pelo seu melhor amigo.

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9- Trick (Truques da Paquera), 1999


Gabriel (Christian Campbell) é um escritor de musicais que não tem uma vida sexual muito agitada. Em uma noite, acaba se encantando por Mark (John Paul Pitoc), um go-go boy que vê em um bar. Coincidentemente Mark toma o mesmo metrô que Gabriel, que não não deixa de notá-lo. Surpreendentemente Mark se levanta e acaba descendo na mesma parada que Gabriel. Juntos os dois vão procurar uma forma de ficarem sozinhos. Ao longo dessa jornada se desenrola uma história cheia de situações engraçadas e interessantes, onde mesmo uma "ficada" pode se tornar algo especial.



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10- Weekend (Weekend), 2011


Depois de uma festa em casa com seus amigos, Russell (Tom Cullen) dirige-se para um clube gay, onde encontra Glen (Chris New), com quem, aparentemente, teria apenas um caso de uma noite. Porém, isto torna-se algo especial e dá origem a uma história de amor pouco convencional, que ocorre ao longo do fim de semana, entre dois jovens que tentam dar sentido a suas vidas, pois, Glen tem a oportunidade de cursar artes nos Estados Unidos, o que se torna doloroso para Russel, que, inevitavelmente se apaixona por ele e não o quer deixar partir.



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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Capítulo 6 - Revolução: Pasine

Aproximadamente, um mês se passou desde a Homorevolta em Finnel e, infelizmente, desde a morte de Maria, uma mulher que nos acolheu tão bem e que morreu em nome de nossa causa, assim como José, um pai orgulhoso de lutar para que outras pessoas não morressem pelas mãos de Conde Rafael, assim como acontecera com o seu filho, que foi caçado por ser homossexual.
O meu grupo transformou a tristeza pela morte dessas pessoas em força para continuar resistindo contra a caça dos homossexuais. Assim, nós começamos pela revitalização e reorganização do vilarejo para ser, efetivamente, a nossa primeira base de resistência ao meu tio.
Novamente, nós fomos distribuídos em subgrupos, de acordo com as habilidades de cada componente do grupo. Dentre as atividades, estavam inclusas: construção de cercas ao redor do vilarejo, mapeamento dos túneis subterrâneos, organização e racionamento dos suprimentos, (re) construção das casas que estavam abandonadas ou destruídas, planejamento de estratégias de defesa e ataque, cuidado com as pessoas que estavam feridas e em recuperação depois da tomada do vilarejo, entre outras.
Eu nunca realmente aspirei a um cargo de liderança, porém, eu senti que aquelas pessoas precisavam de mim por algum motivo, pois de alguma maneira eu as inspirava a continuar seguindo em frente. Bernardo estava eventualmente ao meu lado no grupo de planejamento de estratégias, porém ele se mostrou bastante confortável em liderar o grupo de construção de cercas, assim como o de (re) construção de casas pelo vilarejo. Quanto a Raul, Tomás e William, estes também compunham o grupo de planejamento, porém, concomitantemente, estavam empenhados em liderar pequenos grupos de treinamento para batalha, para as pessoas que estavam recuperadas da tomada do vilarejo. Hugo dificilmente participava das reuniões de planejamento e se sentiu mais confortável em liderar o grupo de organização e racionamento de suprimentos, assim como de preparação de comida para a população.
Assim, de certo modo, nós construímos uma nova sociedade, na qual cada pessoa contribuía de alguma forma para o desenvolvimento de Finnel e para a organização dos próximos passos da nossa revolução contra Conde Rafael. Eu sempre estava, rotativamente, presente em todos os grupos do vilarejo e liderava o grupo de planejamento, no qual participavam dez pessoas. Em umas das reuniões matinais deste grupo, Raul mencionou a seguinte estratégia:

- Nós temos que ser meticulosos em relação ao nosso próximo passo! Nós precisamos atacar os pequenos vilarejos, como Finnel, nos quais é mais provável que nós sejamos vitoriosos e consigamos novos recrutas para atacar Conde Rafael em seu próprio reino!
- Bem, eu não faço a mínima ideia de quais vilarejos são aliados de Conde Rafael, portanto acho que não poderia liderar isso, porém você pode ficar no comando Raul!
- Não seja bobo Felipe! Essas pessoas seguem a você e não a mim! Eu consigo reconhecer que talvez possas ser um líder bem melhor do que eu fui, pois olha só o quanto nós já progredimos desde que tomamos Finnel! Além disso, não precisas conhecer o local, mas sim liderar a investida quando tivermos essa informação!
- Eu conheço dois outros vilarejos próximos da fronteira com Heliópolis, que estavam sob o controle de Conde Rafael! Posso conduzi-los até lá!
- Isso é ótimo Valentim! Nós já temos dois possíveis alvos!
- Bem, realmente nós já temos por onde começar, mas...talvez nós pudéssemos organizar um grupo de mapeamento dos locais que estão ou não sob o controle do meu tio ao redor de Finnel e, sucessivamente, ir progredindo com as conquistas! Assim, poderemos fazer aliados antes mesmo de começar a invadir vilarejos!
- Isso é uma excelente ideia Felipe! Eu me voluntario para esse serviço, afinal o meu grupo está quase terminando as cercas ao redor de Finnel!
- Eu, com certeza, posso guiar o meu grupo de treinamento em uma missão também! Vocês também certo?
- Absolutamente! O meu grupo parece estar preparado para eventuais batalhas!
- Sim, o meu também está preparado para esse tipo de serviço Tomás!
- Muito bem, então nós já temos quatro grupos para realizar o mapeamento ao redor de Finnel! Ouçam bem, precisamos ser meticulosos, pois se encontrarmos inimigos, nós precisamos neutralizá-los, para que as nossas intenções não cheguem ao conhecimento de Conde Rafael! Esse serviço vai começar em uma semana a partir de hoje nos quatro vilarejos vizinhos de Finnel, sendo que Bernardo vai para o norte, Tomás para o sul, William para o oeste e Raul para o leste, o que acham?
- Perfeito Felipe! Está decidido então!
- Muito bem meu amor...digo, Felipe!
- Err...então eu acho que esta sessão está encerrada e nós podemos voltar para as nossas atividades! Até a próxima sessão!

Assim que todos saíram, Bernardo se aproximou de mim e disse:

- Oi meu amor! Nós não temos nos visto muito esses dias certo?
- Eu sinto muito meu amor, mas esse papel de líder consome muito o meu tempo! Eu queria poder passar mais tempo com você!
- Não há problema! Eu estou orgulhoso do excelente trabalho que você está fazendo e por você ter encontrado algo que te faz sentir bem aqui nesse lugar! Mas, será que você tem um tempinho pra gente hoje à tarde?
- É claro que eu tenho um tempo pra gente! Ainda mais quando você me pede com esse olhar tão cativante! Mas agora eu vou adiantar as minhas tarefas do dia então, tudo bem?
- Claro! Eu também tenho trabalho agora com o meu grupo! Nós vamos afixar a última fileira de cerca ao redor de Finnel!

Naquele dia faziam dois meses que Bernardo havia se tornado meu marido e eu tinha certeza que ele havia preparado algo para nós comemorarmos isso, porém o deixei pensar que me surpreenderia. Eu havia aprendido com Hugo uma maneira artesanal de fazer um cordão e havia sido, relativamente, bem-sucedido em confeccionar um para presentear Bernardo. No final da tarde, ele me levou até a nossa casa, que havia sido reconstruída pelo seu grupo - todas as pessoas foram sequencialmente alocadas, na medida do possível, em casas individuais e/ou para famílias, embora algumas pessoas ainda estivessem a espera de novas casas que estavam em reconstrução. No centro da nossa sala, havia uma pequena mesa repleta de comida e duas velas, que atribuíam um estilo que somente Bernardo conseguiria imprimir: simples, porém completo.

- Meu amor, isso é muito romântico! Olha toda essa comida! E essas velas!
- Você sabe que hoje fazem dois meses que nós estamos casados certo?
- Como eu poderia esquecer um dos dias mais felizes da minha vida? É claro que eu sei!
- Felipe, eu quero te dar um presente e não quero esperar até depois do jantar!
- Ora, sem problema meu amor! Você pode me dar agora!
- Tudo bem, mas eu quero que você feche os olhos enquanto eu vou buscá-lo! Não pode olhar!
- Tudo bem, eu não vou!

Eu fechei os meus olhos e, em poucos segundos, Bernardo deixou minhas mãos tocarem um objeto aparentemente grande, quadrado e largo, o qual eu não consegui associar a nenhum presente em particular. Quando Bernardo me disse que eu poderia abrir os meus olhos, eu fiquei maravilhado e sem palavras com o que eu vi: uma pintura enorme de mim, a qual era a mesma imagem que Bernardo havia reproduzido no retrato que me fez confessar os meus sentimentos por ele quando nos conhecemos. Ao perceber isso eu indaguei:

- Bernardo, como você conseguiu reproduzir essa imagem novamente? Na verdade, como você conseguiu material para fazer isso?
- Bem, quanto aos materiais, eu descobri que alguém nesse vilarejo gostava de pintar, pois havia um estoque de materiais de pintura em uma casa abandonada! Alguns materiais não puderam ser aproveitados, mas eu consegui o suficiente para fazer isso! Quanto à imagem, foi fácil reproduzir, considerando-se que eu sempre estou com essa imagem no meu bolso!

Bernardo retirou um pedaço de papel do bolso e eu reconheci a imagem que ele desenhara do meu rosto há muito tempo atrás, quando nós nos conhecemos e eu me apaixonei por ele.

- Eu somente melhorei a imagem e adicionei cores a ela! Porém ficou igual! Eu queria que você ficasse com isso como um presente! Essa imagem mostra o porquê de eu te amar e continuar todo dia me apaixonando ainda mais! Você é lindo e é extremamente genuíno!
- Amor...

Eu o beijei. Delicadamente. Apaixonadamente.

-Eu também tenho algo para você!

Eu puxei o cordão do meu bolso e envolvi a redor do pescoço dele.

- Ele não é tão bonito quanto o seu quadro, mas ele mostra que eu sempre vou me esforçar para conseguir ser o melhor que eu posso para você!
- Você já é mais do que eu sonhava em conquistar! Mas eu fico feliz que nós possamos crescer ainda mais juntos!

Depois disso, nós jantamos juntos e passamos muito tempo curtindo o nosso tempo juntos, o qual realmente tinha se tornado bastante escasso desde que eu havia assumido um cargo de comando, porém, aparentemente, isso não tinha afetado a nossa relação.
Uma semana depois, os diversos grupos estavam prontos para realizar a primeira missão exploratória ao redor de Finnel. O primeiro grupo a partir foi o de Raul, o qual estava cada vez mais apaixonado por Hugo, de modo que houve uma grande cena de despedida entre eles dois, e então o grupo partiu em direção ao leste nas primeiras horas da manhã. Tomás e William não fizeram uma grande cena, porém também reservaram um tempo para despedidas, sendo que esta era a primeira vez em muito tempo que eles estariam em uma missão separados, porém, logo ambos os grupos saíram, respectivamente, em direção ao sul e ao oeste logo depois do almoço. Bernardo, a meu pedido, foi o último a partir, assim eu poderia me despedir dele com calma, já que todos os outros grupos já haviam partido.

- Meu amor, não se preocupe! Eu vou voltar logo!
- Eu tenho certeza disso meu amor! Mas mesmo assim eu não posso evitar de sentir nervosismo por estar lhe deixando ir em uma missão sem mim, enquanto eu tenho que ficar aqui e cuidar do vilarejo.
- O seu trabalho é tão importante quanto o meu, além disso eu vou voltar bem depressa, para que nós possamos ficar juntos novamente! E com muita sorte, eu voltarei com mais aliados para a nossa revolução!
- Assim eu espero meu amor! Bem, eu não vou mais te deixar nervoso, apenas volte logo!

Nós nos beijamos e então fomos nos reunir ao resto do grupo de Bernardo o qual partiu logo em seguida. Depois disso, eu tentei ficar calmo e pensar que nada de mais ocorreria na jornada dos meus amigos e do meu marido além deles encontrarem mais aliados para a nossa causa. Desse modo, eu voltei às minhas atividades normalmente e esperei até ter notícias deles.
Três dias se passaram sem qualquer notícia, sendo que Hugo estava sempre por perto para conversar comigo quando não estava nos seus grupos de trabalho. Porém, no quarto dia, eu acordei com batidas na porta e corri, pensando que pudesse ter ocorrido alguma coisa com Bernardo, porém, Hugo estava parado na porta com uma bandeja cheia de comida para o café-da-manhã, então eu o deixei entrar e nós conversamos por algum tempo, porém, em certo momento da conversa, Hugo começou a agir estranho:

- Felipe, você ama mesmo o Bernardo?
- É claro Hugo, por que a pergunta?
- Eu não sei, vocês parecem tão diferentes! Eu não sei realmente o que foi que te fez se apaixonar por ele!
- Bem, amar é subjetivo! Eu o amo por uma série de razões que não são fisicamente aparentes! Mas você e o Raul também são bastante diferentes!
- Err...bem, mas eu não o amo!
- O que?! Mas então o que foi toda aquela despedida quando ele partiu?
- Eu não sei como dizer a ele! Eu gosto de outra pessoa...
- Hugo, apenas diga a verdade! É sempre melhor!
- Tudo bem...

Hugo se aproximou mais de mim e disse:

- Felipe, eu estou gostando muito de você!

Tudo aconteceu extremamente rápido: Hugo me beijou e, antes que eu pudesse ter qualquer reação, eu vi um vulto dele saindo pela porta. Bernardo chegara em nossa casa exatamente no momento em que Hugo passou dos limites. Eu corri atrás dele, pensando no quão sem caráter eu pareci aos olhos dele e desejava intensamente poder encontrá-lo logo, para que eu pudesse me explicar, mas acima de tudo, para que eu pudesse abraça-lo e sentir o seu corpo vivo, junto ao meu.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

The Falls: Testament of Love (The Falls: Testament of Love)

The Falls: Testament of Love (The Falls: Testament of Love), 2013


Rj (Nick Ferrucci) e Chris (Benjamin Farmer) descobriram sentimentos intensos um pelo outro e viveram um romance durante uma missão da igreja. Depois de cinco anos, os dois perderam contato e seguiram caminhos totalmente diferentes quanto à aceitação da orientação sexual, porém, devido à morte de um amigo em comum, os dois se reencontram e isso gera um faísca que reacende os sentimentos anteriormente existentes entre eles.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

The Falls (The Falls)

The Falls (The Falls), 2012


Rj (Nick Ferrucci) e Chris (Benjamin Farmer) são dois jovens missionários que acabam se apaixonando durante a sua missão. Os dois são apaixonados pela sua fé e passam a aprender como expressar os seus sentimentos, porém são confrontados com a possibilidade de perder o sentido de "comunidade" conferido pela igreja devido a esse amor proibido.

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domingo, 7 de setembro de 2014

Capítulo 2 - A Lenda do Homem de Fogo (Cont.)

Oliver não foi resistente ao beijo de Ethan, pois aquilo lhe causou uma sensação muito boa, a qual, momentaneamente, entorpeceu os seus sentidos e o seu pensamento. Porém, logo veio a lembrança dos anos nos quais os dois passaram cultivando uma relação de irmãos e uma sensação ruim tomou conta do rapaz, o qual, gentilmente, posicionou as mãos no peito de Ethan e o afastou, dizendo:

- Ethan... isso está errado! - Oliver não conseguia encará-lo.
- Eu... desculpa Oli... eu pensei que você sentia o mesmo... eu...
- Eu sinto! - Oliver ainda não se atrevia a olhar para Ethan - Eu simplesmente sinto o mesmo por você...não há dúvidas depois de hoje! Eu também te amo Ethan, tanto que eu nem sei dizer! - O rapaz tomou coragem, olhou para Ethan e, com um meio sorriso, continuou: - Mas as coisas não podem ser assim!
- O que?! - O rapaz tinha um sorriso no rosto antes de ouvir as últimas palavras e Oliver, o qual foi substituído por uma feição de espanto e confusão - Por que?
- Por que você é meu irmão Ethan! Você é o meu irmãozão lembra? O que os nossos pais vão achar disso? Isso não soa um pouco estranho para você?
- O que há de estranho nisso? Eu te amo e - Ethan se aproximou novamente e, sorrindo, tocou a face de Oliver - o melhor de tudo é que você me ama também!
- Isso não soa como um incesto para você?
- Oli, eu sempre vou enxergar os seus pais como os meus! Sempre! Mas vamos pensar um pouco, nós não somos irmãos de sangue! Você é o meu irmãozinho porque os seus pais me adotaram legalmente e de coração, mas além disso você sempre foi o meu melhor amigo! Não existe pessoa mais qualificada para se viver um grande amor do que o seu melhor amigo!
- Isso é muito lindo Ethan... - Oliver ainda estava com um meio sorriso no rosto - Mas eu prefiro que nós deixemos esse assunto como estava, por enquanto... eu preciso refletir sobre isso...
- Bem... se é o que você quer, eu posso compreender... mas pensa com cuidado sobre isso, porque eu realmente sinto algo muito forte por você, além de um sentimento fraternal!
- Eu também Ethan... eu só não posso lidar com isso agora, eu realmente preciso de um tempo!
- Você pode ter todo o tempo que quiser! Na verdade é até engraçado, porque, geralmente, quem precisa de um tempo para entender as coisas aqui sou eu! - Ethan riu e, finalmente, um sorriso irradiou pelo rosto de Oliver - Eu te espero pelo tempo que for preciso.
- Você não precisa fazer isso! Tem garotas e garotos caindo aos seus pés em todo lugar! A Sophie é um exemplo!
- Eu tenho uma coisa engraçada para te contar - disse Ethan com um sorriso maroto no rosto - Eu e a Sophie não passamos muito tempo juntos flertando, mas sim falando do quanto eu gosto de você!
- O que?! Como assim?
- Bem, ela me confessou que realmente estava afim de mim, mas ela notou que eu te olho diferente, segundo ela, então ela me perguntou se eu era gay e eu respondi que sim! Depois disso nós conversamos muito sobre o que eu venho sentindo por você!
- Mas como você sabe que é gay? Que eu saiba, você nunca teve nenhuma relação com qualquer pessoa!
- Ah, eu não preciso me relacionar com um monte de gente para saber que eu não gosto de garotas, afinal elas me cercavam o tempo todo na escola e eu nunca senti qualquer coisa por nenhuma delas! Quanto aos garotos, bem, digamos que alguns me chamavam a atenção!
- Mas...bem, você já ficou com algum deles?
- Ai meu Deus! - disse Ethan rindo - Você devia ver como é lindo quando está com ciúmes Oliver!
- Eu não estou com ciúmes! - protestou Oliver.
- Está escrito C-I-Ú-M-E-S - Ethan simulou a escrita das letras sobre a testa de Oliver - Além disso, eu te conheço muito bem, lembra?
- Como você me conhece tão bem?! Que coisa, eu nem posso esconder nada de você! - disse Oliver rindo.
- Ah, eu acho que a Sophie tem razão, eu te olho diferente mesmo e, por isso, eu acho que posso te enxergar mais profundamente do que as outras pessoas! Ela me disse uma vez que duas pessoas apaixonadas tem uma maneira diferente de se olhar, que ela viu isso em nós! Mesmo assim eu estava em dúvida se você era gay ou gostava de mim desse modo!
- Bem, eu sou gay, pelos mesmo motivos que você mencionou...bem, tirando a parte de pessoas caindo aos meus pés, porque esse não é o meu caso, já que eu não tenho tudo isso - disse Oliver apontando para Ethan e rindo - Eu simplesmente nunca me interessei por garotas e, bem, também comecei a notar alguns garotos interessantes na escola, então eu deduzi que era essa a minha orientação! Quanto a gostar de você... eu te adoro desde o momento em que você apareceu naquele lugar onde nós perdemos os nossos Imortais, porém, no último ano, eu venho sentindo algo diferente, que hoje eu percebi ser um outro tipo de amor... mas eu ainda preciso me acostumar a isso!
- Como eu disse, eu vou esperar você se acostumar o tempo que for preciso! Mas eu quero te pedir uma coisa antes e te dar esse tempo...
- O que é Ethan?
- Eu posso te beijar novamente?
- Não sei... eu acho que sim...
- Eu prometo que eu não vou pedir novamente até que você esteja mais seguro disso - Ethan repousou a mão direita na face de Oliver - Mas eu preciso sentir os teus lábios novamente - o rapaz pressionou delicadamente os seus lábios nos de Oliver, o qual retribuiu o beijo com a mesma delicadeza.
Os rapazes finalizaram o beijo sem pressa, então Ethan voltou para o seu leito, porém permaneceu intermitentemente ao lado de Oliver, conversando sobre muitas coisas, incluindo o sentimento mútuo entre eles. Horas depois, os pais deles entraram no quarto onde eles estavam, dizendo:

- Ethan! Você está bem meu filho? - disse a mãe abraçando, primeiramente, Ethan e depois, aproximando-se do leito de Oliver, continuou - E quanto a você Oliver? Como você está?
- Eu estou bem mãe, o Ethan já cuidou de tudo! - disse Oliver sorrindo e olhando para Ethan - Eu estou apenas esperando o resultando da ressonância magnética.
- Por que você foi submetido a esse exame meu filho? - perguntou o pai.
- Bem, eu...eu bati a minha cabeça e, por isso, acharam melhor fazer uma ressonância!
- Ai meu Deus Oliver! Como isso ocorreu? - indagou a mãe nervosa e chorando.
- Mãe, está tudo bem agora e, bem, eu acho melhor você não saber como as coisas ocorreram, porque isso vai te deixar mais preocupada! Mas está tudo bem! - Oliver segurou a mão da mãe e a beijou.
- Desculpa por ter deixado isso acontecer mãe, mas nós acabamos nos separando... - lamentou-se Ethan.
- Você não tem nada pelo que se desculpar meu filho - disse o pai, com firmeza - O Oliver está vivo e aparentemente sem qualquer dano grave!
- O Ethan literalmente me salvou pai - disse Oliver - Como eu disse, vou poupá-los dos detalhes, mas ele me salvou!
- Como eu esperava que ele fizesse! - disse a mãe - Você é um ótimo garoto Ethan! Eu tenho orgulho em lhe chamar de filho!
- Eu também Ethan! - disse o pai abraçando o rapaz.
- Obrigado pai, mãe! - respondeu Ethan com as bochechas levemente coradas - Eu também tenho orgulho de os chamar de pais!- Isso é bom de ouvir meu filho - respondeu a mãe - Mas, onde estão os outros? Eles também estão machucados ou fazendo exames?
- Não, eles devem estar na cafeteria, pois estavam todos famintos!
- Ok, então eu vou olhar como eles estão e volto em seguida, tudo bem querida? - disse o pai.
- Claro, eu ficarei aqui com o Oliver nesse caso.
- Eu vou lhe mostrar onde é a cafeteria pai, eu volto depois Oli!
- Tudo bem! Até mais.

Enquanto caminhavam pelos corredores do hospital, o pai disse para Ethan:


- Vocês realmente desenvolveram uma boa relação, certo Ethan?
- Ah...sim pai, eu realmente gosto muito do Oliver!
- Isso é muito bom! O Oliver realmente se tornou uma pessoa totalmente diferente depois que você chegou Ethan, ele adora ter você como irmão! Obrigado por cuidar dele por nós!
- Não há o que agradecer! Eu ia me odiar cada dia da minha vida se algo acontecesse com ele!
- Ethan... - o pai segurou o ombro do rapaz e, parado no corredor, perguntou: - Você pode me responder a pergunta que eu vou fazer com toda sinceridade?
- Claro pai, pode perguntar - respondeu Ethan apreensivo.
- Você está apaixonado pelo Oliver?
- Isso é assim tão evidente? - respondeu Ethan com firmeza.
- Bem, não exatamente, porém eu os tenho observado nos últimos dias e, bem, o Oliver tem conversado comigo.
- Sobre o que ele falou? Bem, ele contou que é gay? E esse sentimento entre nós não o desaponta pai?
- Bem, Oliver nos contou que era gay quando tinha 16 anos, isso nunca foi um problema! Porém, ele me contou que estava confuso sobre algo nos últimos tempos e revelou que sentia algo diferente por você! Isso, absolutamente, não me desaponta Ethan, porém eu penso que vocês devem ser cuidadosos com relação a isso!
- Espera pai, então essa é a sua benção? Eu tenho a sua benção para ter esse tipo de relação com o Oliver?
- Claro que tem Ethan! Se essa for a vontade de Oliver é claro! Bem, eu confesso que saber que você é gay me surpreendeu! Não é um problema, mas com certeza me surpreendeu!
- Muito obrigado pai! - disse Ethan abraçando-o - Bem, o Oliver ainda está confuso, mas acho que ter a sua benção pode tornar as coisas mais fáceis para ele.
- Mas então vocês já conversaram sobre isso?
- Sim! Bem, eu meio que me declarei para ele há algumas horas atrás, mas ele disse que ainda está confuso sobre isso!
- Bem, eu não sabia que as coisas estavam avançando desse jeito! Mas, de qualquer forma, pode contar com o meu apoio e o da sua mãe, pois eu não poderia pensar em alguém melhor para cuidar do meu filho do que você Ethan! Só te peço para que respeite a vontade dele e... não brinque com o coração do meu filho!
- Eu jamais faria isso pai! Muito obrigado pelo seu apoio!
- Pode contar comigo sempre! Agora vamos encontrar os meus outros "filhos"! - disse o pai rindo.

Ethan levou o pai até a cafeteria, onde os demais elementais estavam reunidos em uma mesa. Quando viu os dois chegarem, Gabriela prontamente disse:

- Boa noite tio Charlie! Como você está?
- Eu estou bem Gabriela, e quanto a vocês pessoal, estão todos bem? Não hesitem em falar se vocês precisarem de qualquer coisa!
- Nós estamos bem tio, apenas um pouco cansados talvez.
- Claro, vocês devem estar exaustos realmente! Vamos, eu vou levar vocês até algum hotel aqui na cidade e depois eu volto para ver como o Oliver está!
- Então vamos! Eu preciso de um banho e trocar essas roupas!
- Por que não disse antes? - exclamou Sophie - Eu poderia providenciar água, sem problemas!
- Sophie, eu preciso de um banho para relaxar e não para morrer afogada! - respondeu Alba rindo.
- Parem de dizer besteiras vocês duas e vamos logo para o hotel! Eu quero tomar um banho, trocar de roupa e voltar assim que possível!
- Sim senhor! - disse Themba em tom brincalhão, simulando um sinal de continência.
- Cala a boca Themba! - Ethan envolveu o pescoço do rapaz com um braço e os dois saíram andando - Vamos logo!

O grupo de elementais seguiram com Charlie para um hotel relativamente próximo ao hospital, onde eles foram alojados em diferentes quartos. Depois de tomar banho, deitar um pouco e refletir sobre os fatos ocorridos desde que eles tinham deixado a Inglaterra, Ethan saiu do seu quarto, o qual ele estava dividindo com Themba, e bateu à porta do quarto de Sophie. Quando esta abriu a porta, ele disse:

- Você tem um tempo para conversar agora?
- Claro, entra aí! - respondeu Sophie, afastando-se do caminho e fazendo menção para que Ethan entrasse - A Alba está no quarto do Marco, eu acho que aqueles dois ainda vão ter alguma coisa!
- Sim, é possível! - disse Ethan - É meio que sobre isso que eu quero falar com você!

Ethan contou a ela o que tinha ocorrido no leito de Oliver e sobre a conversa que ele teve com Charlie. Ao fim de tudo, Sophie exclamou:

- Isso é perfeito Ethan! Vocês têm tudo a favor de vocês para ficarem juntos!
- Eu sei! Mas ele não quer nada ainda, como eu te disse! Será que ele realmente gosta de mim? ou estava sendo apenas gentil?
- Eu já te disse um milhão de vezes! Ele te ama do mesmo jeito que você o ama! Ele só precisa de um tempo eu acho!
- Sim, talvez seja isso mesmo! Desculpa, mas é que eu estou tão excitado com a ideia de que ele pode sentir o mesmo por mim, que a minha cabeça está a mil por hora! O que você acha dessa coisa sobre incesto que ele disse?
- Bem, nós sabemos que não é e nem nunca vai ser de fato um incesto, mas eu entendo o que ele quer dizer! Olha Ethan, são seis anos que vocês se tratam como irmãos e ele internalizou essa imagem sobre você! No coração dele, vocês são de fato irmãos e talvez, para ele, isso seja um incesto!
- Nossa, isso é tão complicado! Porque eu sempre o considerei meu irmãozinho também, mas isso não soa como incesto para mim!
- Ethan, tenha paciência! Ele vai se acostumar a essa ideia em breve! Como eu disse, vocês têm tudo, até a provação dos pais de vocês, para ficarem juntos. Espero que dê certo!
- Eu vou ser paciente Sophie, porque eu prometi isso a ele Sophie! Mas eu tenho que desabafar que eu tenho medo de saber que ele não quer nada comigo! Bem, de qualquer forma, muito obrigado Sophie, você tem me ajudado muito! Agora eu vou até o hospital, ver como ele está!
- Você acha uma boa ideia? Será que ele não precisa de um tempo sozinho?
- Talvez Sophie, mas, se eu me afastasse dele agora, eu só iria reforçar a ideia de que o fato de eu gostar dele é algo negativo para a nossa relação! O Ethan, irmão dele, nunca o deixaria sozinho em um leito de hospital!

Assim, Ethan saiu do hotel decidido a ficar ao lado de Oliver no hospital. Quando chegou ao local, Ethan teve um mal pressentimento e correu até o quarto de Oliver e, ao alcançá-lo, encontrou a mãe caída no chão e Nádia, a elemental do gelo que ele encontrara há seis anos, em uma luta com Oliver, então ele gritou:

- Deixa ele em paz! - uma barreira de fogo se ergueu entre Oliver e Nádia.
- Ah, então você veio ajudar o seu amiguinho?! - respondeu Nádia - Como eu previa! Agora eu posso acabar com você! - ela levantou a mão direita e, girando o dedo indicador, disse: смертельная буря! - Flocos de neve começaram a circular pela sala e, por mais que alguns se extinguissem na barreira erguida por Ethan, ao acertarem os rapazes causavam pequenos cortes.
- Essa neve está nos ferindo Ethan! - Oliver também fez movimento com ambas as mãos e um escudo de neve os cobriu. Assim, enquanto Ethan protegia os lados com uma barreira de fogo, Oliver protegia a parte de cima com um escudo de gelo.
- Belo trabalho em conjunto! Mas isso nunca seria suficiente contra mim! Para a sorte de vocês, eu só quero dar um aviso: Desistam de encontrar a lenda do homem de fogo! Ou eu voltarei e aí sim vocês estarão mortos! - dito isso, ela se esvaiu e deixou para trás flocos de neve.
- Oli, você está bem? - disse Ethan abraçando Oliver e extinguindo a barreira de fogo.
- Sim Ethan, eu só estou um pouco cansado! Mas verifica a nossa mãe, por favor! Essa louca chegou aqui e a jogou no chão, então ela desmaiou.

A mãe deles foi levada para outro quarto e Charlie foi acionado para vir até o hospital. Enquanto isso, Oliver convidou Ethan para conversar:

- Ethan... nós precisamos discutir uma coisa...
- O que foi Oli?
- Nós vamos atrás da lenda do homem de fogo de qualquer maneira, certo?
- Claro! Essa Nádia não me assusta!
- Então... eu preciso que, enquanto nós estivermos nessa viagem, você esqueça o que aconteceu entre a gente e me deixe mais livre para correr riscos, por só assim eu vou poder ser útil!
- O que você quer dizer Oli?
- Eu quero dizer que, até nós voltarmos dessa viagem, nós não vemos discutir esse assunto! Você precisa se concentrar nessa viagem, pois isso pode ser a chave para nós libertarmos os nossos Imortais! Pare de ficar cem por cento do tempo se preocupando comigo e se concentre nisso! Eu sou forte o suficiente para cuidar de mim!
- Mas Oli, eu preciso te proteger!
- Eu aprecio muito que você queira fazer isso, mas, como eu disse, você precisa se concentrar nessa tarefa! Essa é a minha condição, caso contrário, eu não poderei ir com você!
- Eu quero que você vá comigo!
- Então me prometa que você vai me deixar correr riscos se for necessário!
- Tudo bem! Mas, eu quero que você vá comigo!
- Sendo assim, eu vou estar lá ao seu lado! Nós vamos, com certeza, descobrir mais sobre essa lenda!
- É assim que se fala... irmãozinho! - finalizou Ethan com um sorriso e um olhar resignado.

A partir daquele momento, a nova tarefa dos elementais seria encontrar o local onde as pessoas poderiam contar a eles mais sobre a lenda do homem de fogo. Enquanto isso, o possível romance entre Oliver e Ethan deveria esperar, embora ambos nutrissem uma grande paixão um pelo outro.