Há uma variedade de homens na face deste planeta, e independente da orientação sexual, este gênero sempre teve muito mais liberdade sexual comparado ao gênero feminino.
Um dos aspectos essenciais quando alguém decide se aventurar em um romance com um homem é a sua capacidade de sobrepujar a necessidade básica de cópula em favorecimento de uma necessidade mais complexa de união emocional, o que é imensamente dificultado pela carga sócio-histórica que o homem possui de ser este gênero com "licença" especial para se efetivar como um ser altamente sexual.
O problema não está na liberdade ou em gostar muito de sexo, afinal todos sabemos o quanto este ato é maravilhoso, porém, ele é muito mais abrilhantado quando executado com alguém advindo de um sentimento de união emocional-corporal ao invés do simples desejo carnal.
As implicações deste fato estão na grande quantidade de homens que se interessam apenas por sexo e relações com minimo envolvimento emocional, o que é um grande problema na sociedade, pois a capacidade humana de envolvimento emocional e afetividade guia ações de empatia, compaixão e bondade, necessários para manutenção da convivência social.
Em decorrência disso os envolvimento afetivos se tornam muito mais complicados, pois embora um homem consiga iniciar uma relação com alguém, o fato de a centralidade da relação recair sobre o sexo enfraquece e/ou dificulta o estabelecimento de relações de envolvimento mais profundo ou complexo.
Quando se fala do "mundo" de relações homoafetivas o problema é ainda mais grave, pois as atitudes repousam basicamente nos seguintes panoramas:
- Homens que namoram/gostam/se relacionam sexual e emocionalmente com mulheres, mas gostam de se relacionar sexualmente com homens.
- Homens que se relacionam apenas sexualmente com mulheres e com homens.
- Homens que se relacionam apenas sexualmente com homens.
Quando enxergamos estes panoramas do ponto de vista de duas pessoas que se interessam apenas por sexo, não há nada de mais, porém, defendo neste blog a relação afetiva entre duas pessoas do mesmo sexo acima de tudo. Portanto, nesta perspectiva, estes homens não são dignos, nem merecedores de pessoas, seja homem ou mulher, que estejam dispostas a uma relação, pois eles não estão.
Concluindo, a liberdade sexual masculina, dificulta muito a vida de homens, como eu, que se interessam pelo amor homoafetivo, pois nos três panoramas acima, a unica função desempenhada por este "grupo seleto" no qual me incluo é a de mero objeto sexual, quando no fundo procuramos por envolvimentos afetivos recompensadores e reconfortantes.
Ótimo texto, os homens costumam se aventurar muito sexualmente e por vezes acabam não conhecendo ao outro e nem a si afetivamente.
ResponderExcluirEstamos ai na busca do amor homoafetivo, uma relação que exige muito mais do que o mero desejo carnal.
Abraços!
olha, eu não considero que os homens tinham liberdade sexual, eles estavam presos tb dentro de pressões. é ser livre poder fazer sexo, mas ser proibido de manifestar sentimentos? é ser livre poder fazer sexo, mas ficar aprisionado a uma monogamia? é ser livre poder fazer sexo, mas ser obrigado a comer qualquer mulher que se insinue para ele sob risco de perder sua masculinidade? é ser livre poder fazer sexo, mas não poder falar sobre a própria saúde? os homens estavam tão presos a leis, estreótipos e comportamentos repressivos quanto as mulheres, porque ser obrigado também fazer muito sexo no lugar de se manter virgem, por exemplo, também é falta de liberdade sexual.
ResponderExcluirBastante pertinente seu comentário, mas considero que,culturalmente, a liberdade sexual sempre foi mais um atributo do que um fardo a maior parte do tempo quando se enxerga a situação pela ótica social, ou seja, sempre houve favorecimento da sua imagem na sociedade por ser "másculo", portanto um nível de satisfação maior.
ExcluirA liberdade de expressão, objetivação e subjetivação vem sendo construídas ao longo, tanto que as relações homoafetivas cada vez mais são uma realidade, pois homem necessitou sobrepujar o simples sexo homossexual, como era praticado anteriormente, em favor do amor homoafetivo.