O filho mais
novo de Rita, chamado Lucas, sempre estava na casa de Daniel, visto que os dois
tinham a mesma idade e adoravam brincar juntos. A babá levava o filho para o
emprego depois da aula, pois os patrões nunca expressaram nenhum incomodo pela
presença do menino na casa. Os dois garotos se tornaram melhores amigos e
passavam horas jogando videogames, assistindo televisão, entre outras tarefas,
até que Lucas finalmente tinha que ir embora pra casa.
Rita
permaneceu cuidando de Daniel até quando ele completou 7 anos de idade, pois
exatamente na festa de comemoração do 7º aniversário um fato muito intrigante
ocorreu, o que a fez deixar o emprego.
Antes de todos
os convidados chegarem Daniel estava em seu quarto brincando com Lucas, como de
costume. Quando o início da festa já estava próximo Rita interrompeu a
brincadeira e pediu aos dois que fossem tomar banho e se arrumar para que
Daniel pudesse receber os convidados, e como já estava quase na hora da festa e
os dois já haviam feito isso outras vezes, Rita pediu que eles tomassem banho
juntos.
Porém,
enquanto os dois tomavam banho, algo diferente dos outros dias ocorreu quando
Lucas, se referindo a um acontecimento do dia anterior, relatou que viu uma
revista do seu pai, na qual uma mulher estava fazendo sexo oral e ficou muito
curioso sobre o porquê daquilo. Daniel não soube sanar a dúvida do amigo, mas
respondeu que deveria ser bom. Então Lucas perguntou a ele se poderia tentar
fazer isso nele, para ver se realmente era bom.
Exatamente no
momento em que Lucas estava “experimentando", Rita abriu a porta do
banheiro e presenciou a cena. Prontamente ela segurou as mãos do filho, ainda
perplexa, e deixou a casa, sem dizer nenhuma palavra.
Rita era uma
mulher muito carinhosa com Daniel, mas também era muito preconceituosa em
relação ao homossexualismo. Então a cena que ela presenciou, apesar de não
passar de uma exploração de duas crianças em relação ao sexo oral, foi
considerada inadmissível e imperdoável. Depois de conversar muito com o filho
em casa e repreendê-lo inúmeras vezes pelo ocorrido, compareceu à casa dos
patrões para pedir demissão e contar o que tinha visto.
Depois deste
dia Daniel nunca mais viu Rita ou Lucas, e recebeu muitas repreensões dos pais
em relação ao ocorrido, relacionadas em grande parte a preceitos bíblicos nos
quais o filho poderia "cair em perdição" por perverter a carne. Desde
então, Daniel não teve, nem de perto, outra experiência que possa ser
considerada de caráter homossexual.
Na
adolescência chegou a ter uma namorada aos 16 anos, com quem permaneceu 6
meses, porém simplesmente não evoluiu para um relacionamento mais elaborado.
Durante toda a
infância e adolescência, apesar de ser muito bonito e paquerado pelas garotas,
Daniel nunca se interessou muito por conhecer outras pessoas. Na verdade, o que
ele mais gostava era de praticar natação boa parte do dia, jogar videogames e
ler alguns livros.
Quanto às
amizades, apesar de ser muito sociável e gentil com todas as pessoas que
conhecia na escola e outros locais onde realizava atividades extracurriculares,
ele nunca criou um vínculo tão íntimo quanto o que estabelecera com Lucas
quando criança.
Ao final do
ensino médio Daniel resolveu prestar vestibular para Educação Física, um curso
totalmente relacionado à sua paixão por esportes, principalmente a natação, é
claro. Porém, o pai o pressionou a fazer Direito, em decorrência das melhores
oportunidades de emprego e remuneração em comparação com o outro curso.
Ainda que a
contragosto, Daniel prestou vestibular para Direito, e, considerando-se que
sempre foi muito esforçado e inteligente, passou em primeiro lugar geral na
UFTU. A festa em sua casa foi muito grande, e toda a felicidade expressa pelos
seus pais no dia da aprovação "compensou" o fato de estar em um curso
que não queria.
não gostei de algo nesse texto, mas não sei precisar o que foi...
ResponderExcluirNão teve nem um sentido
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